Tecnologia

A Maçã no tribunal

O Departamento de Justiça dos EUA processa a Apple e cinco editoras por suposto conluio

Indício. "Vocês definem o preço, e ficamos com 30%" diz email atribuído a Jobs. Foto: David Paul Morris / Getty Images/AFP
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O departamento de Justiça norte-americano decidiu processar a Apple e cinco grandes editoras – Hachette, HarperCollings, Macmillan, Penguin e Simon & Schuster – por supostamente terem entrado em conluio para aumentar os preços de livros eletrônicos e assim combater a hegemonia da Amazon.

Segundo o governo norte-americano, as editoras temiam que consumidores se acostumassem ao preço normal de 9,99 dólares cobrado por livros para o Kindle, principalmente best sellers. O receio é que isso os acostumasse com preços que seriam nocivos aos seus lucros.

Ciente da liderança da Amazon nesse mercado e com vistas a entrar nele com força, a Apple ofereceu contratos mais lucrativos e prometeu uma “comissão” de 30% sobre as vendas. Com isso e com o peso do apoio da Apple, as editoras tinham a certeza de que a Amazon garantiria preços mais convidativos.

O resultado principal, segundo os procuradores, é que o modelo da venda de livros eletrônicos mudou por causa da Apple. Antes, as editoras vendiam os livros para lojas como a Amazon, que depois decidia qual preço cobrar pelos mesmos. Frequentemente, o preço escolhido pela Amazon era o de 9,99 dólares. Com a entrada da Apple as editoras passaram a estabelecer o preço de venda e teriam direito a 30% sobre ela.

Em e-mail mencionado pela Justiça, Steve Jobs teria escrito para os executivos das editoras, sugerindo que elas oferecessem o novo modelo às outras vendedoras, inclusive a Amazon, com a ameaça de não mais trabalhar com elas caso não aceitassem o novo modelo. “Vocês definem o preço, nós ficamos com 30% e, sim, os consumidores pagam um pouco mais. Mas isso é o que vocês querem de qualquer maneira.” Assim que o controle dos preços saiu das mãos do mercado e voltou para as garras das editoras, aconteceu o que seria de esperar: elas aumentaram os preços imediatamente.

A negociação com a Amazon parece ter sido complicada e uma das editoras, a Macmillan, tirou seus livros da loja quando não conseguiu preços mais lucrativos. Mas agora os preços dos livros para o Kindle começam em 12,99 dólares. O desenrolar do caso ainda levará tempo, mas a Hachette, a HarperCollins e a Simon & Schuster decidiram entrar em acordo com o governo antes de qualquer ação judicial, o que sugere algum grau de mea culpa por parte da Apple e das outras editoras.





Enquanto isso, na Inglaterra, a Premier League e as demais divisões do campeonato dominam as atenções da imprensa local de tamanha maneira que o campeonato de futebol feminino, a Women’s Super League (WSL), parece não existir. Pesquisas mostram que só o futebol masculino e o críquete têm mais praticantes ao redor do país. O plano da WSL é usar as redes sociais para quebrar o silêncio.

Uma jogadora de cada uma das oito equipes, entre elas o Arsenal e o Liverpool, vai passar a usar sua identificação no Twitter numa faixa azul na manga da camisa, como uma espécie de embaixadora digital da liga junto aos torcedores. “Podemos realmente progredir com as mídias digitais”, disse a meio-campista Steph Houghton ao Observer. “Não precisamos lutar por algumas poucas linhas num jornal, podemos fazer isso por nossa conta.”

O departamento de Justiça norte-americano decidiu processar a Apple e cinco grandes editoras – Hachette, HarperCollings, Macmillan, Penguin e Simon & Schuster – por supostamente terem entrado em conluio para aumentar os preços de livros eletrônicos e assim combater a hegemonia da Amazon.

Segundo o governo norte-americano, as editoras temiam que consumidores se acostumassem ao preço normal de 9,99 dólares cobrado por livros para o Kindle, principalmente best sellers. O receio é que isso os acostumasse com preços que seriam nocivos aos seus lucros.

Ciente da liderança da Amazon nesse mercado e com vistas a entrar nele com força, a Apple ofereceu contratos mais lucrativos e prometeu uma “comissão” de 30% sobre as vendas. Com isso e com o peso do apoio da Apple, as editoras tinham a certeza de que a Amazon garantiria preços mais convidativos.

O resultado principal, segundo os procuradores, é que o modelo da venda de livros eletrônicos mudou por causa da Apple. Antes, as editoras vendiam os livros para lojas como a Amazon, que depois decidia qual preço cobrar pelos mesmos. Frequentemente, o preço escolhido pela Amazon era o de 9,99 dólares. Com a entrada da Apple as editoras passaram a estabelecer o preço de venda e teriam direito a 30% sobre ela.

Em e-mail mencionado pela Justiça, Steve Jobs teria escrito para os executivos das editoras, sugerindo que elas oferecessem o novo modelo às outras vendedoras, inclusive a Amazon, com a ameaça de não mais trabalhar com elas caso não aceitassem o novo modelo. “Vocês definem o preço, nós ficamos com 30% e, sim, os consumidores pagam um pouco mais. Mas isso é o que vocês querem de qualquer maneira.” Assim que o controle dos preços saiu das mãos do mercado e voltou para as garras das editoras, aconteceu o que seria de esperar: elas aumentaram os preços imediatamente.

A negociação com a Amazon parece ter sido complicada e uma das editoras, a Macmillan, tirou seus livros da loja quando não conseguiu preços mais lucrativos. Mas agora os preços dos livros para o Kindle começam em 12,99 dólares. O desenrolar do caso ainda levará tempo, mas a Hachette, a HarperCollins e a Simon & Schuster decidiram entrar em acordo com o governo antes de qualquer ação judicial, o que sugere algum grau de mea culpa por parte da Apple e das outras editoras.





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