O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nesta sexta-feira 21 a taxa consolidada de desmatamento na Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020: foram 10.851 km² devastados, sendo 45% apenas no estado do Pará.
A nova cifra é ligeiramente menor do que a apresentada em novembro de 2020, quando o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), que faz o monitoramento, estimou uma área de 11.088 km² desmatados.
Mesmo assim, a devastação segue como a maior dos últimos 12 anos e cerca de 7% acima do observado no biênio 2018-2019.
A atualização é recorrente nas séries históricas do Inpe, já que os pesquisadores passam a analisar mais imagens capturadas pelos satélites para analisar aspectos como a “remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso, independentemente da futura utilização destas áreas”, critérios que definem o desmatamento na região.
Os estados do Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia corresponderam a 87,21% de todo desmatamento observado na Amazônia Legal, mas o primeiro assume a liderança com folga.
De 2019 para 2020, o Pará registrou um aumento percentual de 17,4%, o que totalizam 4.899 km² desmatados. Para efeitos de comparação, essa área corresponde a 3x o tamanho do município de São Paulo.
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