Política
Rede quer derrubar lei que proíbe destruição de equipamentos de garimpo ilegal
O partido alega que a lei sancionada pelo governador de Roraima fere a divisão de competências legislativas relacionadas ao meio ambiente
A Rede Sustentabilidade ingressou nesta quinta-feira, 7, com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei sancionada pelo governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), na terça-feira, 4, que proíbe a destruição de equipamentos apreendidos durante operações e fiscalizações ambientais em garimpos clandestinos no Estado.
Na ação, o partido alega que a lei fere a divisão de competências legislativas relacionadas ao meio ambiente e que cabe à União o “direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado” e aponta “nítido retrocesso inconstitucional em matéria ambiental”
Na avaliação do senador Randolfe Rodrigues (AP), a norma estadual é um instrumento que inibe a atuação de agentes de fiscalização e também um ataque ao desenvolvimento sustentável. “Falamos aqui de equipamentos usados na atividade ilegal de destruição da floresta e ameaças aos povos tradicionais. Esta lei nada mais é do que uma forma de amenizar a responsabilização da atuação criminosa na Amazônia”, pontuou.
Roraima não tem garimpos legalizados e os que existem operam ilegalmente, explorando regiões como a Terra Indígena Yanomami que, em 30 anos, enfrenta a pior devastação causada por garimpos clandestinos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.


