Política

Petrobras apresenta novo pedido para explorar petróleo na foz do Amazonas

A primeira solicitação da petroleira foi negada pelo Ibama, em 17 de maio

Petrobras apresenta novo pedido para explorar petróleo na foz do Amazonas
Petrobras apresenta novo pedido para explorar petróleo na foz do Amazonas
Foto: Agência Petrobras
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A Petrobras apresentou nesta quinta-feira 25 um novo pedido para retomar o processo de licenciamento da perfuração de petróleo na bacia da foz do rio Amazonas. A confirmação partiu do presidente da empresa, Jean Paul Prates.

A primeira solicitação foi negada pelo Ibama, em 17 de maio. Segundo a análise técnica, o plano da Petrobras não fornecia garantias para atendimento à fauna diante de eventuais acidentes com o derramamento de óleo. Impactos em três terras indígenas em Oiapoque também não foram devidamente explicados, acrescentou o órgão.

“Este processo foi conduzido com a máxima diligência pelas equipes de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Petrobras, que trabalha desde quando assumiu a concessão da ANP para executar todas as etapas do Programa Exploratório da concessão federal do bloco FZA-M-59”, defendeu Prates nesta quinta.

Ao rejeitar o pedido original, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, anotou que “não restam dúvidas de que foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas que este ainda apresenta inconsistências preocupantes para a operação segura em nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental”.

A decisão do Ibama gerou um impasse no governo Lula, notadamente entre os ministros Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Marina Silva, do Meio Ambiente.

Na última terça, Marina classificou como “técnica” a manifestação do órgão. Ela se reuniu no Palácio do Planalto com Agostinho, Prates e Silveira.

“É uma decisão técnica, e uma decisão técnica, em um governo republicano, é cumprida”, afirmou Marina na saída do encontro.

Pouco antes da reunião, Agostinho disse não caber composição política em decisões técnicas e descartou uma negociação naquele momento com a Petrobras.

“Não cabe negociação neste momento, mas nada impede que a Petrobras possa reapresentar o pedido”, declarou. “Eu emito 3 mil licenças por ano, não tenho como ficar em cada licença chamando todas as partes, buscando uma composição, porque não cabe composição [política] em decisões que são técnicas. Muitas vezes a gente vai tomar decisões que vão agradar um grupo de pessoas, desagradar outro grupo de pessoas.”

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