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Pai de Neymar obtém liminar para liberar lago artificial construído em Mangaratiba

A interdição aconteceu em 22 de junho, depois de a Secretaria do Meio Ambiente constatar a construção de um lago artificial sem licença

Pai de Neymar obtém liminar para liberar lago artificial construído em Mangaratiba
Pai de Neymar obtém liminar para liberar lago artificial construído em Mangaratiba
Vista aérea do Condomínio de Luxo Portobello, onde Neymar tem uma mansão, registrada em 30 de dezembro de 2020. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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A Justiça de Mangaratiba (RJ) atendeu, nesta sexta-feira 30, a um pedido do pai do jogador Neymar e autorizou a desinterdição de um lago artificial construído na mansão do atleta no Condomínio Aerorural.

A interdição ocorreu em 22 de junho, depois de representantes da Secretaria do Meio Ambiente se dirigirem ao local para checar uma denúncia de crime ambiental. Na residência, a pasta constatou a construção de um lago artificial, sem licença. Dois dias depois, os agentes voltaram ao endereço e constataram o rompimento do embargo, com o registro de circulação de pessoas no lago, inclusive de Neymar, e de novos crimes ambientais.

O atleta foi multado duas vezes. Na primeira ocasião, os valores chegaram a 5 milhões de reais.

O juiz Richard Robert Fairclough acatou, porém, as alegações encaminhadas pelo pai de Neymar. O entendimento é que os autos de interdição emitidos têm natureza administrativa e, portanto, seriam incapazes de gerar a interdição pretendida. Além disso, não teria havido infração ambiental, mas uma infração administrativa por ausência de licença para construir, o que não justificaria a interdição do espaço.

O magistrado avaliou que “a infração administrativa imputada é a ausência de licença ambiental, e não há qualquer indicação de ‘risco continuado, eminente ao meio ambiente ou a população’. Inclusive, o auto de interdição se limita a dizer: ‘Foi constatado obra de lago artificial sem licença ambiental em fase final. Devido a isso fica interditada toda a obra e empreendimento’, não apontando qualquer risco concreto ou iminente”.

Fairclough acrescentou que a sanção administrativa é passível de multa, mas que isso será definido no curso do processo.

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