Sustentabilidade

NE: Marinha não consegue prever óleo que ainda pode chegar às praias

Óleo derramado se movimenta abaixo da superfície da água, impedindo a detecção por satélites ou aviões

NE: Marinha não consegue prever óleo que ainda pode chegar às praias
NE: Marinha não consegue prever óleo que ainda pode chegar às praias
Óleo de origem não esclarecida já atingiu 120 praias da costa nordestina (Foto: Divulgação)
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Representantes da Marinha afirmaram que, embora o surgimento de novas manchas de óleo no litoral do Nordeste esteja diminuindo, é difícil prever o quanto ainda pode chegar às praias. O que dificulta a identificação do volume é o fato de o tipo de óleo derramado se movimentar abaixo da superfície da água, impedindo a detecção por satélites ou aviões. As informações foram dadas nesta segunda-feira 4, em coletiva de imprensa, no Ministério da Defesa.

Segundo a Marinha, no domingo 3, havia ocorrência de manchas em praias de três estados: Bahia, Sergipe e Alagoas. Nos outros seis estados do Nordeste, as praias afetadas não apresentavam óleo.

“O que estamos vendo? Um arrefecimento real estatístico da quantidade de óleo nas praias. Há mais de cinco dias que não chega óleo nenhum em Pernambuco”, disse o comandante de Operações Navais da Marinha, Leonardo Puntel.

Ainda assim, o comandante pede para que as autoridades fiquem “vigilantes o tempo todo”, já que, as correntes marítimas, em constante modificação, podem levar o material, por exemplo, para países do Caribe.

Também presente na coletiva, o delegado Franco Perazzoni, da Polícia Federal, declarou que a empresa Delta Tankers vai ser notificada para prestar informações dentro das investigações sobre o derramamento de óleo.  Deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira 1º, a Operação Mácula apontou o navio Bouboulina, de bandeira grega, como suspeito de derramar ou vazar o óleo que atingiu o litoral nordestino. A embarcação pertence à empresa.

 

A Interpol foi acionada para auxiliar na tomada de informações. A Polícia Federal também solicitou informações da Venezuela, onde foi abastecido o navio; de Singapura, onde teria descarregado; e África do Sul e Nigéria, países por onde a embarcação passou recentemente.

Segundo o governo, até a noite do domingo, 4 mil toneladas de óleo já haviam sido recolhidas de 314 localidades, em 110 municípios.

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