Navio da Vale com toneladas de minério e óleo corre risco de naufrágio

O navio está carregado com 300 mil toneladas de minério de ferro e 4 milhões de litros de combustível e óleo para uso próprio

(Foto: Marinha/AFP)

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Um navio da Vale com 300 mil toneladas de minério de ferro e abastecido com 4 milhões de litros de combustível e óleo encalhou, na segunda-feira 24, à 100 km da costa do Maranhão enquanto fazia seu trajeto para a China. Agora, equipes da Marinha, do Ibama e da Capitania dos Portos avaliam o risco de naufrágio da embarcação, fato que poderia causar mais um acidente ecológico envolvendo óleo na costa nordestina.

O navio MV Stellar Banner, da empresa sul-coreana Polaris, partiu do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luis do Maranhão, e ia rumo à China com a carga de minério. No entanto, tripulantes detectaram a entrada de água em compartimentos de carga e o navio encalhou.

“De acordo com a empresa, o comandante pediu apoio a equipes de terra e encalhou o o navio, que transporta carregamento de minério, em um banco de areia para evitar o naufrágio”, informou o Ibama em um comunicado.

Em outra nota, o órgão também afirmou que inspeções realizadas com helicópteros na quinta-feira 27 não detectaram vazamento de óleo aparente do navio. O combustível carregado serviria para uso próprio da embarcação, que iria percorrer um trajeto até o porto chinês de Qingdao. Os 20 tripulantes foram evacuados em segurança.

Já a Marinha afirmou que “foram identificados dois vazamentos avante da embarcação” e será aberta uma investigação para determinar as causas, circunstâncias e responsabilidades do incidente. Quatro rebocadores foram enviados para coletar outras informações e apoiar a embarcação. A Vale enviou outro rebocador “para conter possíveis danos ambientais e evitar futuras possibilidades de vazamento”, informaram.

A empresa brasileira, por sua vez, disse que já solicitou à Petrobras a cessão de navios Oil Spill Recovery Vessel (OSRV) para contenção de eventual vazamento de óleo, um “pedido que foi prontamente atendido”, informou a Vale.


O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, publicou nas redes sociais que a pasta está acompanhando com “muita atenção” o caso.

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