Sustentabilidade

Mourão diz que alta nas queimadas do Pantanal foram devido ao feriado da Independência

‘Parece que a nossa turma saiu fora, não combateu nada’, disse o vice, que relevou críticas de países e empresas multinacionais ao Brasil

(Foto: Romério Cunha/VPR)
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O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou nesta quarta-feira 16 que o suposto “descanso” de funcionários no feriado da Independência, ocorrido no último dia 7 de setembro, impulsionou as queimadas no Pantanal.

 

“A questão que eu falei ontem, eu sei que aquele final de semana do 7 de setembro, parece que a nossa turma saiu fora, não combateu nada e a turma do fogo entrou para valer”, afirmou. “Teve um aumento de 400% de fogo no final de semana do feriado. Para eles [devastadores] não têm feriado”.

Até o final do mês de julho, as queimadas no bioma já representavam um aumento de 190% em relação aos mesmos meses de 2019 – o recorde dos últimos 21 anos de monitoramento feito pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Até o dia 15 de setembro, esse aumento já era de 213%.

Segundo o governo do Mato Grosso, há, ao todo, 122 homens combatendo o fogo em toda sua extensão. Mais de 14% do território total do bioma, a maior planície alagada do mundo, foi danificado pelas queimadas – consideradas criminosas.

Mourão também comentou sobre mais uma carta de líderes europeus cobrando respostas assertivas do governo brasileiro em relação ao meio ambiente, especialmente no que diz respeito aos índices de desmatamento. Para ele, os comunicados fazem parte de uma “estratégia comercial”.

Além deles, na terça-feira 15, uma inédita coalizão de 230 organizações ambientalistas e empresas brasileiras do agronegócio enviou ao presidente Jair Bolsonaro uma carta com propostas para reduzir o desmatamento, sobretudo na Amazônia, “de maneira rápida e permanente”.

“Isso não são investidores. São países. Vocês têm que entender o seguinte: faz parte da estratégia comercial dos países europeus esta questão da cadeia de suprimentos. Isso é uma barreira”, disse. “Existem barreiras tarifárias e não tarifárias, então, isso daí a gente tem que fazer a negociação não só comercial, mas diplomática, como ambiental também”, disse.

Segundo o vice-presidente, caberá ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, conversar com o embaixador alemão, Heiko Thoms, sobre o assunto.

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