O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se manifestaram nesta quarta-feira 14 sobre o pedido apresentado pela empresa ao Ibama para perfuração de um poço a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.
A primeira solicitação da Petrobras foi negada pelo instituto. Conforme a análise técnica original, o plano da petroleira não fornecia garantias para atendimento à fauna diante de eventuais acidentes com o derramamento de óleo. Impactos em três terras indígenas em Oiapoque também não foram devidamente explicados.
A estatal protocolou, então, um segundo pedido, atualmente em análise pelo Ibama. Enquanto isso, a companhia já retirou um navio-sonda NS 42, que estava em um bloco a cerca de 175 quilômetros do Amapá.
Silveira disse confiar no “bom senso” do instiuto na análise do novo pedido.
“O que esperamos do Ibama, dos órgãos competentes do meio ambiente, é que eles digam como devemos fazer e não que não devemos fazer”, declarou o ministro depois de participar de um seminário sobre mobilidade elétrica.
Prates, por sua vez, afirmou não haver prazo para uma resposta do Ibama e reforçou que a Petrobras cumpriu os requisitos.
“Fizemos todos os argumentos novos, colocamos novos elementos de dados técnicos, disponibilizamos mais embarcações de apoio e equipamentos”, disse nesta quarta. “Fizemos toda uma complementação de acordo com as exigências que foram colocadas também no último despacho e estamos aguardando a resposta do Ibama.”
Após uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Prates afirmou, ainda, que não pressionará o órgão. “Eles têm autonomia, nós respeitamos. Pelo menos a nossa gestão respeita muito isso”, avaliou.
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