Economia

Ministro diz esperar ‘bom senso’ do Ibama sobre exploração de petróleo na foz do Amazonas

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também se manifestou sobre o tema e negou a possibilidade de pressionar o órgão

Ministro diz esperar ‘bom senso’ do Ibama sobre exploração de petróleo na foz do Amazonas
Ministro diz esperar ‘bom senso’ do Ibama sobre exploração de petróleo na foz do Amazonas
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se manifestaram nesta quarta-feira 14 sobre o pedido apresentado pela empresa ao Ibama para perfuração de um poço a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.

A primeira solicitação da Petrobras foi negada pelo instituto. Conforme a análise técnica original, o plano da petroleira não fornecia garantias para atendimento à fauna diante de eventuais acidentes com o derramamento de óleo. Impactos em três terras indígenas em Oiapoque também não foram devidamente explicados.

A estatal protocolou, então, um segundo pedido, atualmente em análise pelo Ibama. Enquanto isso, a companhia já retirou um navio-sonda NS 42, que estava em um bloco a cerca de 175 quilômetros do Amapá.

Silveira disse confiar no “bom senso” do instiuto na análise do novo pedido.

“O que esperamos do Ibama, dos órgãos competentes do meio ambiente, é que eles digam como devemos fazer e não que não devemos fazer”, declarou o ministro depois de participar de um seminário sobre mobilidade elétrica.

Prates, por sua vez, afirmou não haver prazo para uma resposta do Ibama e reforçou que a Petrobras cumpriu os requisitos.

“Fizemos todos os argumentos novos, colocamos novos elementos de dados técnicos, disponibilizamos mais embarcações de apoio e equipamentos”, disse nesta quarta. “Fizemos toda uma complementação de acordo com as exigências que foram colocadas também no último despacho e estamos aguardando a resposta do Ibama.”

Após uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Prates afirmou, ainda, que não pressionará o órgão. “Eles têm autonomia, nós respeitamos. Pelo menos a nossa gestão respeita muito isso”, avaliou.

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