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Lula lança em Belém fundo para proteger florestas tropicais

A maior parte das florestas primárias está nos países tropicais mais pobres, onde é mais rentável desmatar do que preservar

Lula lança em Belém fundo para proteger florestas tropicais
Lula lança em Belém fundo para proteger florestas tropicais
Presidente Lula lança fundo para proteger florestas tropicais, em Belém (PA), em 6 de novembro de 2025. Foto: Ludovic Marin/AFP
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta quinta-feira 6, um fundo para proteger as florestas tropicais do planeta, como a Amazônia, no primeiro dia da cúpula de líderes prévia à conferência climática da ONU, a COP30, em Belém.

Esse fundo de investimentos, que tem a ambição de captar 125 bilhões de dólares (668 bilhões de reais, na cotação atual) junto a governos e investidores privados, será um dos “um dos principais resultados concretos” da COP30 no combate às mudanças climáticas, disse Lula.

Após o lançamento oficial deste instrumento, chamado Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, sigla em inglês para Tropical Forests Forever Facility), a Noruega anunciou a intenção de investir 3 bilhões de dólares (16 bilhões de reais).

É “vital frear o desmatamento para reduzir os impactos das mudanças climáticas”, disse o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, citado em um comunicado oficial.

A Noruega confirmou, ainda, que a Indonésia aportará 1 bilhão de dólares (5,3 bilhões de reais).

Os recursos serão investidos nos mercados e os lucros permitirão repassar a cada ano aos países em desenvolvimento uma quantia em dinheiro por cada hectare de floresta preservado, um poderoso fator de mitigação das mudanças climáticas e reserva de biodiversidade.

A maior parte das florestas primárias está nos países tropicais mais pobres, onde é mais rentável desmatar do que preservar. Daí a ideia de criar este fundo.

Teoricamente, Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo poderiam receber centenas de milhões de dólares a cada ano, se conseguirem acabar por completo com o desmatamento.

No entanto, outros países não pretendem participar desta etapa.

O governo britânico, que fez parte da criação do TFFF, informou que não vai financiá-lo diretamente, e uma fonte da delegação finlandesa declarou à AFP que é “difícil encontrar novos recursos” em um momento de restrições orçamentárias em nível mundial.

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