Sociedade
Desmatamento na Mata Atlântica cresce 27% após dois períodos de queda
Bioma é o que mais perdeu floresta até hoje, diz fundação


O desmatamento na Mata Atlântica cresceu 27,2% entre 2018 e 2019, se comparado ao período de 2017 e 2018. O percentual foi divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica, nesta quarta-feira 27, Dia Nacional da Mata Atlântica.
As informações fazem parte do Atlas Mata Atlântica, iniciativa da fundação em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O levantamento é realizado desde 1989.
Entre 2015 e 2016, foram desmatados 29.075 hectares. O número caiu entre 2016 e 2017, para 12.562 hectares. O período entre 2017 e 2018 apresentou nova queda, para 11.399 hectares. Agora, o índice volta a subir entre 2018 e 2019, para 14.502 hectares.
Minas Gerais é o estado campeão de desmatamento, com quase 5 mil hectares perdidos (47% de aumento). Em seguida, vem a Bahia, com 3.532 hectares devastados (78% de aumento). Na sequência, o Paraná perdeu 2.767 hectares de floresta nativa (35% de aumento).
Em 4º lugar, Piauí teve 26% de redução no desmatamento, com 1.558 hectares perdidos. Santa Catarina aparece depois, com 22% de redução, somando 710 hectares desmatados.
Alagoas e Rio Grande do Norte foram os únicos estados que zeraram o desflorestamento entre 2018 e 2019. Outros sete estados estão próximos de zero: Goiás, Espírito Santo, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraíba.
Segundo o SOS Mata Atlântica, a ampliação do desmatamento nesta área mostra que a destruição do meio ambiente não ocorre apenas na Amazônia. A organização ressalta que restam apenas 12,4% da Mata Atlântica e já é o bioma que mais perdeu floresta até hoje.
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