Dados preliminares mostram recorde de temperatura global pelo 2º dia seguido

As temperaturas podem subir ainda mais e atingir novos máximos, devido ao fenômeno El Niño, no Oceano Pacífico

(Foto de arquivo. Outubro de 2018) Ursos polares comem lixo na Rússia. Situação causado por mudanças climáticas. Foto: AFP PHOTO / ALEXANDER GRIR

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Terça-feira (4) foi o dia mais quente já registrado e, esta semana, a média global de temperatura bateu recorde pelo segundo dia consecutivo, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (5) pela Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês).

Ontem, a temperatura média do ar da superfície da Terra foi de 17,18°C, informou a NOAA.

Na segunda-feira, 3 de julho, já havia ultrapassado, pela primeira vez, os 17°C, marcando 17,01°C, um novo indicador do impacto climático da queima de combustíveis fósseis.

Com base nos dados coletados desde 1979 pela NOAA, as temperaturas dos dois dias quebraram o recorde anterior de 16,92°C, estabelecido em 24 de julho de 2022.

O começo do mês de junho entre os anos de 1979 a 2000 marcou a temperatura média do ar da Terra em 16,2°C – um índice que costuma oscilar entre 12°C e 17°C.

O observatório da Terra da União Europeia, Copernicus, confirmou em um comunicado enviado à AFP que segunda-feira foi o dia mais quente de seus registros desde 1940. Os dados de terça-feira ainda não estão disponíveis.


“A temperatura média mundial a 2 metros da superfície alcançou 16,88°C na segunda-feira, superando o recorde anterior de 16,80°C, de agosto de 2016”, segundo o Copernicus.

Devido ao verão boreal (hemisfério norte), a temperatura média global costuma subir até o final de julho e início de agosto.

Em junho, as temperaturas médias globais foram as mais altas registradas pelo Copernicus.

As temperaturas podem subir ainda mais e atingir novos máximos, devido ao fenômeno El Niño, no Oceano Pacífico. Conforme anúncio feito na terça-feira pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU, ele acaba de começar.

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