Mundo

China confirma participação na Cúpula do Clima, organizada por Biden

Na ausência dos EUA durante a presidência de Donald Trump, a China assumiu um papel importante ao lado da UE no combate à mudança climática

China confirma participação na Cúpula do Clima, organizada por Biden
China confirma participação na Cúpula do Clima, organizada por Biden
O presidente da China Xi Jinping. Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

Apesar das fortes tensões bilaterais, chineses e americanos parecem decididos a colaborar na agenda ambiental. Pequim confirmou nesta quarta-feira 21 a participação do presidente Xi Jinping na cúpula virtual organizada nesta semana por Joe Biden.

O chefe do Estado chinês “fará um importante discurso online direto de Pequim” na cúpula virtual de quinta e sexta-feira, anunciou nesta quarta o ministério chinês de Relações Exteriores, desfazendo as dúvidas sobre sua participação.

Biden convidou cerca de 40 líderes mundiais, entre eles Xi Jinping e seu colega russo Vladimir Putin, para uma cúpula internacional sobre o clima com dois dias de duração e que será realizada por videoconferência.

China e Estados Unidos são os dois principais emissores de gases causadores do efeito estufa. Assim, o entendimento entre os países é crucial para o sucesso dos esforços internacionais destinados a reduzir as emissões.

As duas potências continuam se opondo em muitos assuntos. Washington critica, por exemplo, a política de Pequim em Hong Kong e Taiwan, o tratamento aos muçulmanos uigures de Xinjiang (noroeste da China) e o comércio.

As relações entre Pequim e Washington se deterioraram fortemente durante o mandato do ex-presidente Donald Trump, que retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.

Desde sua chegada à Casa Branca em janeiro, Biden optou pelo retorno dos Estados Unidos ao pacto.

Objetivo: neutralidade do carbono

Grande consumidor de carvão, a China é em termos absolutos o primeiro emissor mundial de gás de efeito estufa, mas também é o país que mais investe em energias renováveis.

Pequim prometeu começar a reduzir suas emissões de CO2 “antes de 2030” e em 2060 alcançar a “neutralidade carbono”, ou seja, absorver tanto quanto emite.

A diplomacia chinesa zombou na semana passada do retorno de Washington ao acordo sobre o clima, ao afirmar que não se trata de “um retorno glorioso” e sim de “um mau aluno que volta às aulas depois de ser reprovado em um curso”.

Na ausência dos Estados Unidos durante a presidência de Donald Trump, a China assumiu um papel importante ao lado da União Europeia no combate à mudança climática.

Além da cúpula sobre o clima organizada por iniciativa de Joe Biden, outros dois eventos importantes sobre o meio ambiente estão previstos este ano: a COP15 biodiversidade (em outubro na China) e a COP26 clima (em novembro em Glasgow).

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo