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Brasil deve demarcar 14 territórios indígenas em breve, diz Guajajara em Nova York

Dos processos em curso, 11 já estão concluídos e praticamente prontos para a sanção presidencial

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, durante evento da ONU em Nova York. Foto: Michael M. Santiago/Getty Images North America/Getty Images via AFP
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A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, anunciou nesta segunda-feira 17, em Nova York, a demarcação, ainda neste ano, de 14 novos territórios indígenas, a somarem 1,5 milhão de hectares, alguns deles na Amazônia.

Dos 14 processos em curso, 11 já estão concluídos e praticamente prontos para a sanção presidencial.

A ministra disse aos jornalistas esperar que todos esses processos sejam concluídos ao longo de 2023. Alguns deles estavam esperando há cerca de 30 anos.

Os primeiros anúncios serão feitos no acampamento Terra Livre, entre 24 e 28 de abril, detalhou Guajajara. Trata-se da maior demarcação em dez anos no País – e repleta de simbolismo, depois da estagnação durante o mandato de Jair Bolsonaro.

As novas demarcações vão se somar aos 430 territórios demarcados atualmente, mas a ministra minimizou a importância do número, já que os territórios variam de tamanho ou de região para região.

Durante o Fórum de Povos Indígenas da ONU em Nova York, Guajarara pediu que a “pauta indígena”, a incluir a demarcação, a proteção e a segurança dos territórios indígenas, seja integrada ao debate global sobre a crise climática.

“Nunca mais um Brasil sem nós, nunca mais uma Nações Unidas sem nós, os povos indígenas”, disse a ministra. Ela abriu as portas para o Brasil poder sediar o próximo encontro global de povos indígenas, Alta+10, para “discutir e definir as nossas estratégias”.

Em toda a região da Amazônia, compartilhada por uma dezena de países da região, há 100 milhões de hectares de terras indígenas para demarcar, segundo o ministério.

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