Sustentabilidade

Anos de governo Bolsonaro são os piores em alerta de desmatamento na Amazônia

Dados do sistema Deter reforçam o registro de recordes de destruição no bioma, mesmo após operações milionárias do Exército

"Os dados de satélite não mentem: a Amazônia está sendo destruída a taxas alarmantes", diz o Greenpeace. (Foto: Christian Braga/ Greenpeace) "Os dados de satélite não mentem: a Amazônia está sendo destruída a taxas alarmantes", diz o Greenpeace. (Foto: Christian Braga/ Greenpeace)
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Os índices de desmatamento na Amazônia continuam batendo recordes sob o governo de Jair Bolsonaro e a gestão de Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente. Nesta sexta-feira 8, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgou o quantitativo anual de alertas para desmatamento identificados pelo sistema Deter: foram 216 km² afetados. O ano de 2020 que só não foi pior do que 2019, primeiro ano de mandato do presidente.

Com esse indicativo, o ano de 2020 registrou um total de 8.426 km² potencialmente agredidos, a segunda pior marca anual da série histórica do Deter, iniciada em 2015.

Ao longo do ano passado, não foi difícil encontrar índices mensais que superavam índices de anos anteriores. Em dezembro, a área dos alertas foi 14% maior do que a verificada no mesmo mês de 2019 pelo Deter. Em novembro, o desmatamento registrado foi o pior dos últimos 10 anos naquele mês, de acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento, da organização Imazon.

Entre agosto de 2019 e julho de 2020, período considerado base para as análises do Prodes, outro sistema Inpe, outro sistema que compila informações mais precisas de corte e continuidade do desmatamento na região, a área destruída foi de 11.088 km² – a maior em 12 anos.

 

Em nota, Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, destaca que os dados não apontam “coincidências”, ainda mais pela presença pouco efetiva e cara dos militares na região.

“Bolsonaro tem dois anos de mandato e os dois piores anos de Deter ocorreram na gestão dele. As queimadas, tanto na Amazônia quanto no Pantanal, também cresceram por dois anos consecutivos. Não é coincidência, mas sim o resultado das políticas de destruição ambiental implementadas pelo atual governo”, avalia.

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