A criação do Dia Mundial da Água, durante a conferência Rio-92, foi um alerta para proteger a sociedade humana da escassez futura. Passados 30 anos, houve grande ebulição institucional, com a proliferação de eventos comemorativos. Foram, no entanto, minguados os avanços em políticas públicas para a sustentabilidade hídrica. Como resposta do mercado global, o que acontece hoje é o acirramento dos processos de privatização.
No mundo do business as usual, tudo vira mercadoria. É o reino de Midas, onde tudo o que se toca vira ouro. A água é precificada como commodity na Bolsa de Nova York. A flutuação do preço em um sistema de maior valia, em razão da escassez, prenuncia um futuro nefasto para as populações com menor possibilidade financeira. A lógica aponta para a exclusão dos mais vulneráveis.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login