Sustentabilidade

71% das queimadas em imóveis rurais na Amazônia ocorreram para manejo agropecuário

As informações são do relatório do Ipam e consideram o período de janeiro a junho de 2020

71% das queimadas em imóveis rurais na Amazônia ocorreram para manejo agropecuário
71% das queimadas em imóveis rurais na Amazônia ocorreram para manejo agropecuário
Amazônia em chamas (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Apoie Siga-nos no

Relatório do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que toma como base a plataforma Modis, da agência especial americana (Nasa), mostra que 71% das queimadas em imóveis rurais na região ocorreram para manejo agropecuário, que é fazer a limpeza do pasto e reaproveitar o terreno para agricultura ou pecuária.

O documento ainda aponta que, de janeiro a junho de 2020, outros 24% foram incêndios florestais e 5% decorrentes de desmatamento recente.

Ainda de acordo com o estudo, metade dos focos de calor do primeiro semestre ocorreram em imóveis rurais de médio e grande porte, locais onde o fogo para manejo agropecuário foi o tipo mais comum.

 

“Esses números demonstram como o fogo é ainda amplamente utilizado no manejo de pastos e áreas agrícolas, independentemente do tamanho do imóvel, do lote e do negócio, e a despeito da existência de técnicas mais modernas que o substituem”, aponta o relatório.

Considerando os dados entre 2016 e 2019, 64% dos focos de calor foram detectados em áreas recém-desmatadas (22%) ou convertidas para uso da agropecuária (42%). Outros 36% estavam relacionados aos incêndios florestais.

Ainda de acordo com o Ipam, 90% do fogo da Amazônia é contabilizado historicamente entre julho e outubro, com o pico em setembro. O Pantanal, no entanto, teve o mês de julho com mais focos de incêndio desde início das medições feitas pelo Inpe, em 1998. Foram 1.684 pontos no bioma.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo