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Vigilância apreende roupas sujas com lama de Brumadinho em loja da família de Zema

As araras onde estavam as peças anunciavam 10% de desconto

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A Vigilância Sanitária da prefeitura de Brumadinho apreendeu, na manhã desta quinta-feira (10), roupas e sapatos sujos de lama de detritos que estavam sendo comercializadas de forma irregular na Loja Zema daquele município. A rede de lojas foi fundada pela família do governador de Minas Gerais e até 2016 foi gerenciadas pelo próprio Romeu Zema. Atualmente, o CEO é seu irmão Romero.

De acordo com a vigilância, os produtos estavam sujos pela lama da enchente que atingiu o centro de Brumadinho em janeiro deste ano. As araras onde estavam as peças anunciavam 10% de desconto.

Boa parte dos rejeitos que vazaram da barragem do Córrego do Feijão, em 2019, continua submersa sob o Rio Paraopeba. A lama que manchou as roupas vendidas pela rede Zema, portanto, pode ser tóxica.

“A lama é tóxica, é lama de rejeitos da barragem da mina Córrego do Feijão que rompeu em 2019, atingiu a bacia do rio Paraopeba e assoreou o rio”, afirma, em nota, o Movimento dos Atingidos por Barragem, responsável pela denuncia às autoridades. Durante as chuvas desse ano, o nível da água subiu e com ele, a lama que estava assoreada ali

Dona de 432 lojas em seis Estados, o grupo registrou crescimento de 22% em faturamento, alcançando aproximadamente R$ 1 bilhão em 2020, segundo o Valor Econômico.

Em nota, a rede Zema afirma que as roupas não estavam com preço ou disponíveis para comercialização. Ainda segundo a empresa, em todos os casos de produtos danificados parcialmente, “é procedimento da empresa realizar a baixa do estoque para que não seja mais colocado à venda” e que, na filial de Brumadinho, “os produtos já tinham sido baixados no estoque, e estavam sendo organizados para serem enviados para no Matriz em Araxá, para avaliação, separação e definição do destino.”

 

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