Sociedade

Vereador Douglas Gomes é condenado pelo crime de transfobia contra Benny Briolly

A 2ª Vara Criminal de Niterói condenou o parlamentar a um ano e sete meses de prisão

Vereador Douglas Gomes é condenado pelo crime de transfobia contra Benny Briolly
Vereador Douglas Gomes é condenado pelo crime de transfobia contra Benny Briolly
Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o vereador de Niterói Douglas Gomes (PL) e o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) - Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O vereador de Niterói (RJ) Douglas Gomes (PL) foi condenado a um ano e sete meses de prisão pelo crime de transfobia contra Benny Briolly (PSOL), também vereadora no município pelo PSOL e a primeira travesti eleita no estado. A decisão foi proferida nesta terça-feira pela 2ª Vara Criminal do município.

Em suas redes sociais, Briolly considerou a decisão “histórica”, por ser “o primeiro parlamentar condenado pelo crime de transfobia no Brasil”.

Gomes também se manifestou em suas redes, sendo novamente transfóbico: “acabo de ser informado que foi condenado a um ano e sete meses de prisão por chamar um homem de homem”, disse o vereador bolsonarista.

Em março de 2021, Briolly denunciou Gomes por tentativa de agressão ocorrida no plenário da Câmara Municipal de Niterói. “Hoje fui agredida com transfobia, racismo e quase fisicamente pelo vereador fascista Douglas Gomes, que foi seguro pelos meus companheiros de bancada para que não me encostasse. Foi horrível e doloroso!”, escreveu a vereadora, em sua rede social, na época.

Briolly estava com a palavra no plenário quando Douglas começou a chamá-la de “vagabundo, moleque, seu merda e mentiroso”, e a tentar agredi-la. “Chorei, senti medo, senti a dor de ser mulher negra e trans na política, mas não recuei. Companheiras me ajudem porque eu não posso andar só!”, desabafou Benny, na ocasião.

 

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo