Sociedade

Política agrária está em baixa

Estudo da Unesp mostra que números de assentamentos continuam baixos. Em 2012, foram criados 117, contra 879 em 2005, ano em que eles mais deles surgiram

MST é o movimento que lidera mais ocupações no país
Apoie Siga-nos no

A criação de assentamentos pela reforma agrária continua baixa no país, segundo relatório do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (Nera) divulgado na última sexta-feira 7. Em 2012, foram criados 117 assentamentos. Em 2005, ano em que mais foram criados, foram 879. Os dados são do do Dataluta.

O número de assentamentos criados teve uma forte diminuição de 2006 a 2011, sendo que em 2012 houve pequeno aumento em relação ao ano anterior. Segundo o estudo, o movimento que mais promove ocupações de terras no país é o MST, seguido pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e por movimentos indígenas. Concentradas no Centro-Sul e no Nordeste, as ocupações entre 1988 e 2012 somaram 8.789 com 1.221.658 famílias envolvidas. Em 2012 foram 253 ocupações, das quais participaram 23.145 famílias.

“Esta síntese geral demonstra que, apesar do movimento de diminuição das ações dos movimentos socioterritoriais, o campo brasileiro ainda apresenta significativa conflitualidade, retração da política de assentamentos rurais e estrutura fundiária concentrada e que cresce guardando esta característica estrutural e fundante dos problemas históricos do campo brasileiro,” diz o geógrafo da Unesp Eduardo Paulon Girardi. Acesse aqui a íntegra do relatório.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo