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Twitter lança ‘modo seguro’ para frear o discurso de ódio na Internet

A rede social afirmou ter consultado especialistas em segurança na Internet, saúde mental e direitos humanos para criar ferramenta

O aplicativo da rede social Twitter. Créditos: Reprodução Créditos: Reprodução
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O Twitter lançou um “modo seguro” para conter “interações perturbadoras” e tornar as conversas “mais saudáveis”, anunciou a rede social americana na quarta-feira 1º, sob grande pressão para proteger seus usuários contra o ódio na internet.

 

Este “modo de segurança” é um recurso que bloqueia temporariamente (sete dias) contas que usam “linguagem potencialmente prejudicial”, como insultos, comentários de ódio ou “menções repetitivas e não solicitadas”.

“Os autores de mensagens consideradas prejudiciais ou não solicitadas de acordo com nossa tecnologia serão bloqueados automaticamente, o que significa que temporariamente não poderão seguir sua conta, visualizar suas mensagens ou enviar mensagens diretas”, explicou o Twitter em um comunicado.

A rede social afirmou ter consultado especialistas em segurança na Internet, saúde mental e direitos humanos para criar esta ferramenta.

Esta nova funcionalidade havia sido usada anteriormente por um pequeno número de usuários, especialmente mulheres jornalistas e outros grupos de pessoas que frequentemente sofrem esse tipo de abuso.

Como outros gigantes da mídia social, o Twitter permite que os usuários sinalizem postagens que consideram odiosas, como postagens racistas, homofóbicas e sexistas. Mas muitos usuários reclamam há muito tempo sobre as falhas nas políticas da empresa, que permitem que comentários violentos ou discriminatórios permaneçam visíveis em muitos casos.

Na França, por exemplo, a plataforma foi denunciada por seis grupos antidiscriminação, sob a acusação de falhas “persistentes” no bloqueio de comentários de ódio. A Justiça francesa ordenou ao Twitter em julho que comunicasse, em dois meses, os documentos que explicam como combate o ódio na internet.

O anúncio no Twitter chega várias semanas depois que o Instagram (que pertence ao Facebook) revelou novas ferramentas para combater conteúdo abusivo e racista, após uma série de comentários racistas dirigidos contra os jogadores da seleção inglesa após a final da última Eurocopa, perdida pelos atletas ingleses, nos pênaltis contra a Itália.

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