Sociedade

Tiroteios em operações policiais deixam pelo menos 15 mortos nesta sexta no Rio

As ações das forças de segurança ocorreram em três pontos diferentes do estado

Por CartaCapital 25.11.2022 19h41

Tiroteios em operações policiais deixam pelo menos 15 mortos nesta sexta no Rio

Renan Souza de Lemos, 24 anos, foi baleado e morreu no Complexo da Maré. Créditos: Reprodução

Apoie Siga-nos no

Operações das forças de segurança realizadas ao longo desta sexta-feira 25 em três pontos do estado do Rio de Janeiro deixaram pelo menos 15 mortos e sete feridos. Segundo as autoridades, as mortes aconteceram durante trocas de tiros entre policiais e criminosos.

No Complexo da Maré, Renan Souza de Lemos, 24 anos, foi baleado durante uma operação. O jovem, que era motorista de aplicativo, chegou a ser socorrido por moradores, mas não resistiu. Segundo familiares, ao ouvir barulho de tiros Renan subiu na laje de uma casa para ver o que estava acontecendo e foi atingido por um disparo. Ele deixa uma filha de 6 anos e outra de 7 meses.

Também morreram quatro homens não identificados. De acordo com a polícia, eram traficantes. O traficante Mário Bigode, um dos mais procurados da região, é outro identificado entre os mortos. Na ação, um policial do Bope foi baleado no tórax e na barriga e encaminhado para o Hospital Federal de Bonsucesso. O quadro dele é estável.

No Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, Zona Norte da capital fluminense, seis pessoas morreram durante a ação da polícia. A PM afirmou que todas as mortes ocorreram em situação de confronto. Segundo a corporação, agentes do 41º BPM (Irajá) foram para o Juramento a fim de “reprimir o tráfico de drogas e as ações de criminosos no entorno da comunidade”.

No Morro do Estado, em Niterói, a operação na madrugada desta sexta 25 deixou três mortos e dois feridos. Policiais do 12º BPM alegam que faziam um patrulhamento na região quando foram informados sobre disparos de armas de fogo na comunidade. Ao checarem o relato, teriam encontrado indivíduos armados. Houve um tiroteio e cinco suspeitos foram localizados, três deles mortos. Os outros dois foram levados para o Hospital Azevedo Lima.

CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.

ENTENDA MAIS SOBRE: Cláudio Castro, Rio de Janeiro,

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.