Sociedade

SP: greve fecha garagens de 5 empresas de ônibus

Desde a segunda-feira 20, motoristas e cobradores fazem paralisação contra a negociação salarial aprovada pela categoria

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As garagens de cinco empresas de ônibus da capital paulista amanheceram fechadas nesta quarta-feira 21, informou a São Paulo Transportes (SPTrans). A paralisação em parte do serviço de transporte público ocorre desde ontem, terça-feira 20, em razão do protesto de um grupo de motoristas e cobradores que são contrários à proposta de negociação salarial aprovada em assembleia da categoria no dia 19. O terminal de ônibus no bairro Lapa, zona oeste da cidade, continua com a entrada bloqueada por veículos que foram deixados lá pelos trabalhadores.

De acordo com a SPTrans, as empresas paralisadas são: Sambaíba, Gato Preto e Santa Brígida, que operam na zona norte; Viasul, que atua na região sudeste; e Vip Garagem M’Boi Mirim, da zona sul. O órgão não informou quantos passageiros e nem quantas linhas foram afetadas pela greve. O Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) não foi acionado para essas regiões.

Desde a manhã de ontem, um grupo de motoristas e cobradores tenta impedir a circulação de coletivos na cidade, estacionando veículos atravessados nas saídas dos terminais e nas ruas. De acordo com o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, em muitos casos, as chaves dos ônibus foram jogadas e os pneus, furados.

Pelo menos 13 terminais de ônibus dos 28 existentes foram bloqueados ontem. Muitos passageiros foram para casa a pé, pois vários ônibus ficaram parados e estacionados, sem motoristas, pelas avenidas da cidade. O protesto provocou o maior congestionamento do ano. Por volta das 19h, o congestionamento alcançou 261 quilômetros (km) em São Paulo, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego. A média para o horário costuma ficar entre 105 km e 139 km.

Prefeitura pega de surpresa. O prefeito Fernando Haddad afirmou, em entrevista coletiva na noite de ontem, que foi surpreendido pela paralisação. Em entrevista à Band, ele afirmou que se tratava de “uma guerrilha inadmissível na cidade de São Paulo”.

É um absurdo, como um sindicato fecha o acordo e uma minoria age na cidade desta maneira?”, afirmou.

Haddad disse ainda que a prefeitura não foi informada sobre a paralisação. “Para nós, é completamente inesperado, inadmissível e incompreensível que a população venha a pagar por algo que ela sequer conhece, assim como nós”, afirmou, referindo-se à paralisação que chegou a deixar cerca de 230 mil pessoas sem transporte, nos horários de pico.

Segundo o prefeito, a administração municipal estava acompanhando as negociações entre os motoristas e as empresas de ônibus. Apesar disso, Haddad disse desconhecer as causas do protesto ou os responsáveis pelas ações. “Não houve nenhum comunicado para que a prefeitura ou o sindicato pudessem interferir na situação”, enfatizou.

Com informações da Agência Brasil

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