Sociedade

Sobe para 4 o número de mortos em ataques a tiros em escolas de Aracruz, no Espírito Santo

Uma professora de 38 anos estava internada no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, em Serra, mas não resistiu

Foto: Reprodução
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A Secretaria de Saúde do Espírito Santo confirmou, na tarde deste sábado 26, a morte de uma mulher de 38 anos, a quarta vítima dos ataques a tiros registrados na sexta 25 em duas escolas de Aracruz.

Uma professora de 38 anos estava internada no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, em Serra, mas não resistiu.

Quatro pessoas hospitalizadas seguem internadas em estado grave. Um menino de 11 anos e uma adolescente de 14 passaram por procedimentos cirúrgicos e estão no Hospital Estadual Nossa Senhora da Glória, em Vitória. Duas mulheres, de 45 e 52 anos, também foram operadas e estão no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves.

Outra mulher, de 58 anos, está internada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, em Vitória. Ela passou por cirurgia e sua condição é estável.

Pela manhã, antes da confirmação da quarta morte, a Polícia Civil capixaba informou que o atirador responderia por ato infracional análogo a 10 tentativas de homicídio qualificado por motivo fútil e três homicídios qualificados por motivo fútil.

Segundo a corporação, o jovem de 16 anos foi encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo, em Cariacica, na Grande Vitória. As armas e as munições apreendidas chegaram ao Departamento de Criminalística – Balística da Polícia Civil.

O atirador usou duas armas na ação, segundo o governador Renato Casagrande (PSB). Ele confessou o crime ainda na tarde de sexta.

“Foi uma conversa muito colaborativa, com uma riqueza de detalhes e acompanhado dos pais. Não tem motivo. Ele planejou esse fato durante dois anos, mas o motivo ele não falou”, declarou a Polícia Civil em entrevista na sexta-feira.

O assassino estudou até o fim do primeiro semestre deste ano em uma das instituições atacadas, a Escola Estadual Primo Bitti. Lá, seus disparos deixaram duas professoras mortas. Na sequência, ele deixou o local, entrou em um carro e dirigiu até o Centro Educacional Praia de Coqueiral, onde também abriu fogo e matou um aluno.

O automóvel utilizado para se deslocar de uma escola para a outra é um Renault Duster dourado que pertence ao pai do atirador. O automóvel também foi apreendido pela polícia.

A Secretaria de Segurança Pública acrescentou que o jovem vestia roupas camufladas e cobria o rosto no momento do crime. Ele carregava o símbolo da suástica em suas roupas.

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