Sociedade

Sobe para 176 número de mortos por chuvas torrenciais em Petrópolis

Com o aumento do total de óbitos, a tragédia desencadeada em 16 de fevereiro é a mais letal da história desta cidade fluminense

Créditos: MAURO PIMENTEL / AFP
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O número de mortos pelas fortes chuvas que causaram deslizamentos de terra e inundações na cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, subiu para 176 – disse uma fonte da Defesa Civil à AFP nesta segunda-feira (21).

Com o aumento do total de óbitos, a tragédia desencadeada em 16 de fevereiro é a mais letal da história desta cidade fluminense.

Este número supera o de outra catástrofe também causada pelas chuvas, em fevereiro de 1988, que terminou com um triste balanço de 171 mortos, conforme os registros da prefeitura.

Até o momento foram identificados os corpos de 143 pessoas e, destes, 134 foram trasladados para a funerária, de acordo com boletim da Defesa Civil divulgado hoje mais cedo.

A busca por sobreviventes se mantinha nesta segunda, embora, oficialmente, tenha-se reconhecido as poucas chances de se encontrar pessoas com vida após os temporais.

Em nota divulgada no domingo, a polícia informou que 165 pessoas continuam desaparecidas.

A chuva torrencial transformou as ruas em rios que arrastaram árvores, carros e ônibus e que provocaram deslizamentos de terra nos bairros localizados nas encostas. Em poucas horas, caiu sobre Petrópolis um volume de água equivalente a um mês de chuva.

Em visita a esta cidade, situada a cerca de 60 km ao norte da capital, Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro descreveu na sexta-feira as cenas como “quase de guerra”. Ontem, o papa Francisco enviou uma mensagem de condolências.

As operações de limpeza continuam em curso nesta segunda-feira, um dia depois de a prefeitura pedir aos moradores que permanecessem em casa, salvo em casos de extrema urgência, para que os especialistas pudessem remover montanhas de escombros e lixo das estradas.

Neste momento, 847 pessoas estão alojadas em abrigos de emergência, segundo a Defesa Civil.

Nos últimos três meses, pelo menos 230 pessoas morreram no país por causa das chuvas, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Tempestades no estado do Espírito Santo deixaram pelo menos dois mortos e forçaram mais de 1.200 pessoas a abandonarem suas casas, de acordo com comunicados oficiais divulgados no fim de semana.

Ainda na região sudeste, 1.700 pessoas tiveram de abandonar suas casas no município de Pocrane, no estado de Minas Gerais, devido às chuvas registradas entre sábado e domingo, informou a Defesa Civil regional.

Cientistas alertam que esses fenômenos meteorológicos extremos serão cada vez mais recorrentes, em função da mudança climática.

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