Sobe para 13 número de mortos após passagem de ciclone no RS

Tempestades causaram inundações, alagamentos e deslizamentos de terra, afetando 41 cidades gaúchas e 31 catarinenses. Mais de 3.700 pessoas estão desabrigadas e quase 700, desalojadas

Inundação provocada por passagem de ciclone em Canaá, no Rio Grande do Sul Foto: Mauricio Tonetto/Palacio Piratini/REUTERS

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A Defesa Civil do Rio grande do Sul afirmou na manhã deste domingo (18/06) que chegou a 13 o número de mortos devido à passagem do ciclone extratropical no estado na quinta-feira. Até então, o órgão havia contabilizado 11 mortes.

Mais de 3.700 pessoas estão desabrigadas e quase 700, desalojadas. Quatro pessoas seguem desaparecidas, todas do município de Caraá, distante a cerca de 90 quilômetros de Porto Alegre, e que tem pouco mais de 8 mil habitantes. Cinco pessoas que estavam desaparecidas até a madrugada deste domingo foram encontradas com vida.

O ciclone extratropical ocasionou chuvas intensas e fortes ventos no sul de Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul. As tempestades causaram inundações, alagamentos, enxurradas e deslizamentos de terra, que afetaram 41 cidades gaúchas e 31 catarinenses.

Em Santa Catarina, não há registro de mortes e desaparecimentos. Também não há pessoas desabrigadas ou desalojadas. A água que alagava os municípios já baixou, e as cidades que tiveram deslizamentos já estão recuperando esses locais.

Segundo o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres Naturais (Cemaden), a previsão para este domingo é de melhora do tempo. O ciclone se deslocou para o oceano, e há resquícios de vento na costa norte do Rio Grande do Sul. A preocupação, agora, será com as baixas temperaturas, já que o inverno começa na próxima semana.

Defesa Civil alerta quem retorna a área afetada

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul recomenda que as pessoas que desejam retornar a suas residências verifiquem as condições estruturais e de segurança. “Higienize o local e todo material que teve contato com a água. Comunique as autoridades se identificar riscos”, alerta o órgão.


O ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão atmosférica que surge fora dos trópicos. É associado às frentes frias e encontrado nas médias e altas latitudes. No Hemisfério Sul, os ciclones giram no sentido dos ponteiros dos relógios, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec).

O ciclone que atingiu o sul do país, associado a uma frente fria, formou-se no Oceano Atlântico no decorrer da semana passada. A área de baixa pressão nos médios e altos níveis da atmosfera potencializou a formação do ciclone em terra, transportando a umidade do oceano para o continente.

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