Segundo dia de desfiles em São Paulo tem Paulo Freire e cultura iorubá

Águia de Ouro traz para o Anhembi enredo sobre a educação e Mocidade Alegre mostra a força de orixás femininas

Foliões da escola Águia de Ouro se apresentam durante a segunda noite de carnaval em São Paulo. Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

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O segundo dia do Carnaval de São Paulo teve um dos desfiles mais politizados do evento: a Águia de Ouro trouxe para o sambódromo do Anhembi um enredo sobre educação, homenageando Paulo Freire. A escola da zona Oeste da capital paulista lembrou uma das frases mais famosas do educador (“não se pode falar de educação sem amor”) e ainda cantou um “viva Paulo Freire”.

Freire, um educador reconhecido internacionalmente, é alvo constante de ataques da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de muitos de seus aliados e de parte do setor mais conservador brasileiro.

O enredo “O Poder do Saber – Se saber é poder… Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” representou a história da sabedoria, partindo da Idade da Pedra. A escola ainda incluiu em suas alas mensagens sobre diversidade e cadeirantes.

Já a multicampeã Mocidade Alegre veio para a avenida com o samba “Do Canto das Yabás, Renasce Uma Nova Morada” sobre a cultura iorubá. A escola focou na força das orixás femininas, inclusive trazendo 70% da sua formação composta por mulheres.

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