Sociedade

São Paulo tem segundo ano com aumento de mortes nas marginais

Capital paulista registrou aumento de mortes no trânsito em 2018 em comparação a 2017: foram 894 mortes, uma alta de 6,5%

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O número de mortes no trânsito na cidade de São Paulo aumentou em 2018, segundo dados da CET. Foram 894 mortes no ano passado, contra 797 em 2017, uma alta de 6,5%. Em abril, o prefeito Bruno Covas anunciou o novo Plano de Metas para a prefeitura, onde consta a redução em 13,7% no índice de mortes no trânsito (de 6,95 para 6,0 mortes para cada 100 mil habitantes).

Os motociclistas também passaram a ser as vítimas mais frequentes do trânsito, ocupando a posição que antes era dos pedestres. Isso não ocorria desde 1979. Em 2018, 366 motociclistas morreram; em 2017, 311. Entre os pedestres, também é maior o número de mortes: foram 331 em 2017 e 349 em 2018. Já entre os ciclistas, houve redução na letalidade: 37 em 2017 para 19 em 2018.

Pela primeira vez, a Prefeitura cruzou os dados da CET com os da Secretaria da Saúde, o que permitiu verificar que de dez vítimas do trânsito, quatro morreram a 2 km de casa, o que alerta para a necessidade de políticas de segurança nos bairros. Já em relação às marginais, se somadas, é o segundo ano com aumento de acidentes fatais desde que a gestão João Doria (PSDB) decidiu aumentar o limite de velocidades das pistas, em janeiro de 2017.

O Plano Marginal Segura aumentou a velocidade da pista local das marginais para 60km/h, apenas uma fixa foi mantida a 50km/h. A pista central passou de 60 km/h para 70 km/h e a expressa de 70 km/h para 90 km/h. Para os veículos pesados, a velocidade máxima é de 50 km/h em toda a pista local. Nas pistas central e expressa, o limite para esses veículos é de 60 km/h.

Desde a última segunda-feira 20, a circulação de motos está proibida na pista expressa da Marginal Pinheiros, no sentido Castello Branco (Cebolão). A administração municipal sustenta que o aumento das velocidades nas vias não influenciou o aumento de mortes.

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