Sociedade
São Paulo Fashion Week adota cota racial obrigatória para desfiles
Grifes deverão ter um mínimo de 50% de modelos negros, afrodescendentes e/ou indígenas


A São Paulo Fashion Week (SPFW), principal evento de moda do País, anunciou nesta sexta-feira 30 que todas as grifes que participar dos dias de desfile deverão adotar equidade racial em seu corpo de modelos: 50% brancos, 50% negros e/ou indígenas.
A mudança já é válida para a próxima edição da SPFW, que começa no dia 4 de novembro e se estende até o dia 8.
“É obrigatório que a grife mantenha mínimo de 50% de modelos entre negros, afrodescendentes e/ou indígenas, do total dos modelos participantes em seu desfile”, diz a nota.
Antes, não havia obrigatoriedade, apenas uma recomendação de que as marcas buscassem diversificar as modelos.
Agora, todos os profissionais que forem afrodescendentes deverão ser identificados na lista de casting, que nomeia a equipe de determinada marca.
“Serão considerados modelos afrodescendentes aqueles com ascendente por consanguinidade até o 2º grau. Os nomes destes modelos devem ser destacados na lista de casting”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.