Saída das tropas da Rocinha pode ser temporária, diz ministro da Defesa

Efetivo das Forças Armadas com cerca de mil homens ocupou a comunidade por sete dias

A ocupação foi motivada pela busca de Rogério 157, apontado como chefe do tráfico na comunidade

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O efetivo das Forças Armadas deixou a comunidade da Rocinha nesta sexta-feira 29 após uma semana de ocupação. Aproximadamente mil homens ocupavam o local sob a justificativa de conter a disputa pelo poder do tráfico que ocorre entre duas facções.

Segundo o porta voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, a última tropa deixou o local às 8 da manhã desta sexta-feira 29. Após a saída da tropa, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) chegou ao local. 

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Depois do registro de intensos tiroteios na noite do dia 22 o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o secretário da Segurança pública, Roberto Sá, solicitaram ao governo federal o envio de tropas para a localidade, o que foi autorizado pelo ministro da Defesa, Raul Jungman.


Segundo o ministro, a saída das tropas foi autorizada devido à situação de estabilidade da violência na comunidade. Por outro lado, Jungman afirmou também que as Forças Armadas não estão deixando a Rocinha, ao garantir a volta do efetivo no momento em que uma nova solicitação for realizada pelo governo do Rio de Janeiro. “Estamos retirando o efetivo que precisa ser empregado em outros lugares. Se necessário, temos condições de voltar rapidamente”, afirma.

A operação foi justificada pela busca de Rogério Avelino da Silva, Rogério 157, apontado como o chefe do tráfico na comunidade, mas que, segundo o ministro, não está mais na Rocinha. “Se ele voltar, nós voltaremos”, conclui.

Apesar da saída dos militares, foi registrada a morte de uma pessoa na localidade Vila Verde, dentro da Rocinha, na noite de quinta-feira 28, em um confronto entre o tráfico e a Polícia Militar. 

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