A justiça do Paraguai decidiu neste sábado 7 manter o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto Assis em prisão preventiva. A juíza Clara Ruiz Díaz também negou um pedido da defesa dos brasileiros para que eles fossem mantidos em prisão domiciliar. Ambos são acusados de apresentar documentos paraguaios adulterados na imigração do país.
“Eles cometeram um ato punível grave que atenta contra o Estado”, declarou a juíza em uma coletiva de imprensa em Assunção.
Neste sábado, os brasileiros chegaram algemados ao tribunal para prestar depoimento. Eles já retornaram em comboio policial até a sede do Grupamento Especializado da Polícia, quartel onde passaram a noite de sexta-feira 6.
Segundo Díaz, a investigação terá legalmente seis meses para reunir provas.
Advogados contestam decisão
O advogado de Ronaldinho e Assis, Tarek Tuma, irá recorrer da decisão que classificou como “irracional, arbitrária e leviana”. Para ele, os dois “não cometeram qualquer crime contra a República do Paraguai” e que irá recorrer imediatamente.
Ainda segundo Tuma, a juíza “violou o código penal e a Constituição” paraguaia, já que “o sistema permite dar uma saída se a pessoa reconhece que o documento usado não é válido”.
O advogado lembrou também que o primeiro promotor responsável pelo caso, Federico Delfino, havia decidido liberar os brasileiros.
A Procuradora-Geral do Estado, Sandra Quiñonez, contudo, ordenou a substituição dos promotores do caso. Em seguida, o novo representante do Ministério Público no processo, Osmar Legal, ordenou a detenção de Ronaldinho e Assis e o encaminhamento de ambos para a sede do Grupamento Especializado.
O advogado de Ronaldinho afirmou que o ex-jogador admitiu o uso de documento falso. “Ele aceitou o fato pelo qual está sendo acusado”, disse. E completou: “[Ronaldinho] se submeteu ao processo, ofereceu uma reparação, mas mesmo assim teve imposta a prisão preventiva.”
Com informações da AFP.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login