Sociedade

RJ: morador da Favela Santa Marta denuncia arrombamento de casa por policiais

‘A gente não tem nenhum tipo de direito morando em favela’, desabafa repórter fotográfico

RJ: morador da Favela Santa Marta denuncia arrombamento de casa por policiais
RJ: morador da Favela Santa Marta denuncia arrombamento de casa por policiais
(Foto: Reprodução)
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O repórter fotográfico Tandy Firmino, morador da Favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, denunciou que policiais militares invadiram sua residência nesta segunda-feira 11 em uma operação na comunidade.

Firmino estava dormindo e não ouviu os policiais baterem à porta. Segundo ele, essa foi a justificativa para a invasão. O relato foi feito por meio de um vídeo publicado pelo portal Voz das Comunidades. A casa de Firmino não teria sido a única a ser invadida, segundo o morador.

“Minha filha acordada, chorando. Eu fui abordado agora pela manhã. Abordado dentro da minha casa. A realidade do morador de favela é essa – é preto, pobre e favelado, e o que acontece? Tá aqui minha porta toda arrebentada”, diz.

“Infelizmente, isso já virou rotina. A gente não tem nenhum tipo de direito morando em favela. Chegar, simplesmente, e arrebentar sua porta. E ainda me coloca como errado, como se eu estivesse errado porque eu não escutei. Eu tô em casa, dormindo, eu tô de férias”, continua Firmino.

Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro diz que “o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Santa Marta está no local averiguando a situação relatada e um procedimento apuratório interno será instaurado”

“Esta prática não é prevista nos protocolos da Corporação”, afirma a corporação, informando também os canais para o recebimento de denúncias anônimas: o telefone (21) 2725-9098 e o e-mail denuncia@cintpm.rj.gov.br.

Sobre a operação, a PMERJ afirmou que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Santa Marta “estavam em patrulhamento na Ladeira dos Guararapes, na comunidade Cerro Corá, quando foram atacados por disparos de arma de fogo.”.

Uma granada foi apreendida e, até o momento, não há relatos de prisões ou de possíveis feridos, diz a corporação.

*Matéria atualizada às 15h08 após nova nota da PMERJ

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