Sociedade
Réu absolvido por racismo contra Maju quer 782 mil reais por danos morais
Homem diz que emissora e apresentadora ‘fizeram com que ele fosse execrado pela opinião pública’


Um homem denunciado por cometer atos racistas contra a apresentadora Maria Julia Coutinho, da TV Globo, agora processa a emissora e a jornalista por terem “exposto” sua identidade enquanto ele era investigado pelo crime.
Kaique Batista foi réu, com mais outros três homens, por coordenar ataques racistas à apresentadora que, na época, dava as notícias sobre o clima no Jornal Nacional.
Duas pessoas foram condenadas em março – Erico Monteiro dos Santos e Rogério Wagner Castor Sales – pelo crime, mas Kaique e outro réu foram absolvidos por falta de provas.
Agora, ele pede cerca de 782 mil reais como reparação por danos morais e materiais, já que Batista precisou mudar do local onde morava após a repercussão do ocorrido.
“Com essa barbárie, a Rede Globo e a corré Maria Julia destruíram a vida de um ser humano”, diz trecho da ação, assinada pelo advogado Angelo Carbone. “[Globo e Maju] fizeram com que ele fosse execrado pela opinião pública, sua casa foi apedrejada, para não morrer teve que mudar de casa, e pagar aluguel, desempregado, e com problemas psicológicos, sofreu tudo o que não devia ter ocorrido, e diante disso, se espera que seja feita justiça”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.