Sociedade
Quatro pessoas morrem em incêndio em abrigo para pessoas vulneráveis no interior de SP
Há suspeita de ação criminosa; local abrigava 22 pessoas
Quatro pessoas morreram na madrugada desta segunda-feira 10 em São José dos Campos, no interior de São Paulo, por conta de um incêndio em um abrigo para pessoas em situação de vulnerabilidade social. O fogo já foi controlado.
A Polícia Militar suspeita que o incêndio tenha sido criminoso. O principal suspeito é Leandro Rangel Vilela, de 42 anos, que teria colocado fogo no sofá de um bazar que faz parte do abrigo. A partir disso, a chama teria se espalhado por todo o prédio. A defesa de Leandro Vilela ainda não foi localizada.
Segundo o coronel Alan Kalczuk, da PM, o suspeito estaria sob efeito de drogas e teria cometido o crime por vingança. “Segundo aparenta, esse criminoso estava entorpecido e, a princípio – porque isso vai ser investigado pela Polícia Civil –, o crime foi cometido por uma desavença com um funcionário ou proprietário do brechó”, disse ao G1.
O abrigo fica no centro de São José dos Campos. Segundo a polícia, dois homens e duas mulheres, com idades entre 50 e 61 anos, morreram carbonizados. O local abrigava 22 pessoas. Entre os sobreviventes, oito precisaram ser levados a hospitais. Os agentes de saúde ainda não divulgaram o estado das vítimas, assim como de um bombeiro que ficou ferido no resgate.
Seis pessoas que estavam no abrigo eram acamadas e não conseguiam se locomover sozinhas, o que dificultou os trabalhos de resgate. Algumas delas chegaram a ser tiradas pelas janelas do edifício.
A Comunidade Consoladora dos Aflitos, responsável pelo abrigo, publicou uma nota sobre o caso. “Neste momento de dor e consternação, expressamos nossas mais sinceras condolências às famílias e amigos das vítimas, bem como nossa solidariedade aos feridos e a todos os impactados por esta terrível tragédia”, disse a organização.
“As causas do incêndio estão sendo rigorosamente apuradas pelas autoridades policiais e pelo Corpo de Bombeiros. Há informações preliminares que indicam a possibilidade de o incêndio ter sido criminoso, o que aumenta ainda mais nossa angústia e nosso desejo por justiça”, afirmou o grupo.
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