Quaest: 72% dos brasileiros são contra legalizar aborto, mas 84% não querem mulher presa

Pesquisa da Genial Investimentos apontou que só 15% afirmaram que a mulher que fizer um aborto deve ir para prisão

De 2016 a 2020, o SUS realizou mais de 870 mil procedimentos para tratar complicações de abortos malsucedidos. A presidente do STF deu o primeiro passo para reverter o tenebroso cenário – Imagem: Fernando Frazão/ABR e Arquivo/TSE

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Uma pesquisa divulgada pela Genial/Quaest apontou que 72% dos brasileiros se manifestam de forma contrária à legalização do aborto, mas 84% dizem que a mulher que fizer um aborto não deve ser presa.

O estudo foi publicado neste sábado 23. De acordo com o levantamento, somente 25% disseram ser favoráveis à legalização do aborto, e 15% afirmaram que a mulher que fizer um aborto deve ser punida com a prisão.

Em publicação na rede social X, antigo Twitter, o presidente da Quaest, Felipe Nunes, escreveu que “o conservadorismo na sociedade é evidente na pesquisa, mas chama atenção a postura social no caso do aborto”. Nunes destacou o que chamou de “postura antipunitivista” na discussão.

A pesquisa vai ao ar dias após o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, ter dito que não pretende pautar “em curto prazo” o debate sobre o aborto entre os ministros da Corte.

O plenário começou a julgar em setembro deste ano uma ação protocolada pelo PSOL em 2017. A então ministra Rosa Weber, proferiu o primeiro voto, a favor da descriminalização do aborto, mas o julgamento foi suspenso porque Barroso pediu que o caso fosse retirado do plenário virtual e levado ao presencial.

Para o magistrado, o tema não está “amadurecido” e a sociedade “ainda não tem a exata consciência do que está sendo discutido”. A jornalistas, ele afirmou que “ser contra o aborto é diferente de achar que a mulher que precisou fazer [o aborto] deve ser presa”.


 

 

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