Sociedade

Protesto contra Feliciano reúne 1,5 mil no Rio

Caminhada pediu a saída do deputado, acusado de racismo e homofobia, do comando da Comissão de Direitos Humanos da Câmara

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Por Cristina Indio do Brasil*

Rio de Janeiro – Uma caminhada na orla de Copacabana reuniu cerca de 1,5 mil pessoas em mais um ato organizado por movimentos sociais, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelos deputados federais do PSOL, Jean Wyllys e Chico Alencar e o estadual Marcelo Freixo todos do Rio de Janeiro, contra a intolerância e a discriminação.

 

“Foram muitos os movimentos sociais presentes. Movimentos que trabalham com a questão das cotas raciais, movimentos religiosos, da agenda LGBT, enfim, diferentes grupos que representam diversas bandeiras”, comentou Freixo.

Um dos objetivos da manifestação foi pedir a saída do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

Segundo Freixo, o protesto visa dar espaço para que a sociedade possa se pronunciar sobre algo que consideram muito grave por não respeitar a história e a importância da Comissão.  “É uma ameaça ao estado laico, ao estado democrático de direito. Não é possível que uma comissão do Congresso Nacional, importante como é a de Direitos Humanos – que tem suas bandeiras históricas e um processo de construção histórico coletivo – tenha alguém à frente que representa um grupo com maioria na Comissão, e que nega essas bandeiras”.

Para Freixo, Feliciano “não só não tem o perfil dessas bandeiras, mas suas falas representam, claramente, violações a esses direitos. É um grupo fundamentalista e isso na história da humanidade custa muito caro à sociedade”.

De acordo com o deputado, os organizadores vão se reunir novamente nessa semana para marcar manifestações no Rio de Janeiro. Ele disse que a próxima pode ser em outra área da cidade, como o Mercadão de Madureira, no subúrbio do Rio. “A ideia é buscar várias vozes contra esse processo de intolerância e preconceito marcado no Congresso. É bom que a sociedade se manifeste”, completou.

*Publicado originalmente em Agência Brasil.

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