Profissão de fé

Em meio a uma crise humanitária sem precedentes, o padre Júlio Lancellotti simboliza a esperança em dias melhores

Há 37 anos, o sacerdote mantém a mesma rotina. “Hoje eu encontrei Jesus“, costuma escrever, ao publicar a foto de um irmão na rua - Imagem: Renato Luiz Ferreira

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“Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver trevas, que eu leve a luz”

(Oração de São Francisco)

“E para partilhar como irmão, não igual patrão. Não quero ver ninguém pegar mais do que precisa e deixar o outro sem agasalho no frio”, orienta o padre Júlio Lancellotti, momentos antes de distribuir as roupas doadas à Paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca, Zona Leste de São Paulo, às duas dezenas de sem-teto que haviam acabado de participar de uma roda de conversa com ele e um célebre visitante, o rapper Emicida.

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1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 1 de junho de 2022 03h18
Certa vez, há mais ou menos 20 anos atrás, passando pelo viaduto do Chá me deparei com o padre Júlio Lancellotti. Eu o olhei nos olhos e senti no seu olhar magnético um olhar de justiça e de sofrimento ao mesmo tempo, e isso me impressionou nele. O padre Júlio é uma dessas pessoas que encaram o seu sacerdócio como uma missão de vida. Homens como ele deveriam ser mais considerados pela Igreja e pela sociedade. Depois fiquei sabendo que ele estava respondendo a uns processos, que depois foram devidamente arquivados, certamente por uma gente mal intencionada que veem no seu trabalho altruísta e de devoção aos pobres e miseráveis de rua, uma espécie de “charlatanismo”, mas se charlatanismo for ajudar ao próximo e a quem precisa, qual o sentido de solidariedade para essas pessoas? Bem, esses indivíduos são despidas de compaixão ao próximo e homens como o padre Lancellotti, papa Francisco, além dos que se dedicam às causas humanitárias são ameaça praticam aparofobia e precisam se tratar seja numa clínica psiquiátrica ou mesmo serem conduzidos para uma cela de prisão. Muitos se dizem praticantes de uma religião ou se declaram “pessoas de bem”, não passam de fascitóides que precisam de muita educação com uma boa lição de Direitos Humanos.

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