Sociedade
Procon-SP notifica Eventim sobre nova ‘taxa de processamento’ cobrada em show do My Chemical Romance
Segundo o órgão, as empresas podem cobrar taxas que se refiram a serviços prestados, não a custos já embutidos no valor do ingresso


O Procon de São Paulo notificou nesta quinta-feira 26 a Eventim para detalhar, em até 48 horas úteis, a nova “taxa de processamento” que, de acordo com centenas de consumidores, passou a cobrar em ingressos de eventos. Um dos exemplos é o show da banda My Chemical Romance marcado para 5 de fevereiro de 2026, no Allianz Parque, na capital paulista.
Segundo o órgão, as empresas podem cobrar taxas, desde que elas comprovadamente se refiram a serviços efetivamente prestados, não a custos já embutidos no valor do ingresso.
A Eventim afirma em seu site cobrar a taxa de processamento para “cobrir custos essenciais para o funcionamento e a manutenção do sistema de pagamentos eletrônicos, como custos de processamento da transação (autorização e operação do pagamento), segurança das informações do cliente (proteção dos dados financeiros), transferência dos fundos para o promotor do evento e outros serviços relacionados”.
O Procon disse ser um dever das empresas apresentar, de forma clara, objetiva e prévia, o preço total que o consumidor terá de desembolsar para obter o ingresso.
Não é aceitável, acrescentou o órgão, que o cliente descubra os valores conforme avança no processo de compra. Assim, é necessário informar o preço total ao realizar a oferta do serviço — em publicidade, no site de compra e na bilheteria, por exemplo.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.