A cantora Preta Ferreira e seu irmão, Sidney Ferreira, foram libertados da prisão nesta quinta-feira 10 após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) ter concedido habeas corpus para ambos. Os dois fazem parte do movimento social por moradia da cidade de São Paulo, e estavam presos desde 24 de junho após serem acusados de praticarem extorsão nas ocupações.
O Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC) – em que Preta e Sidney eram atuantes – e outros movimentos sociais denunciavam a prisão de ambos como arbitrária e política. Eles devem responder ao processo em liberdade com “algumas medidas cautelares”, diz a nota do Movimento.
Em 11 de julho de 2019, o Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou 19 integrantes de diferentes movimentos sociais por associação criminosa e extorsão. O inquérito tratava do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo Paissandu, em maio de 2018. No entanto, os advogados dos Ferreira alegam que eles não tinham relação com a ocupação, que era gerida por outro movimento.
“Permitir que Preta e Sidney respondam ao processo em liberdade é, nada menos do que, uma questão de justiça. Essa é uma vitória importante dentro de um longo processo em que provaremos a completa inocência dos dois”, dizem Augusto de Arruda Botelho e Beto Vasconcelos, advogados de Preta.
Além de Preta e Sidney, outros membros do Movimento Sem-Teto do Centro também foram denunciados pelo Ministério Público, mas todos já tiveram habeas corpus concedido.
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