Sociedade

Metade da população aceita direitos de gays, mas não fora do “armário”

Segundo estudo, é notável o avanço da aceitação do princípio da igualdade, mas a intolerância aparece em relação a situações concretas, como manifestações de afeto

Beijo gay entre Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) na novela "Amor à Vida"
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É o famoso “não tenho nada contra, mas não quero perto de mim”. Na pesquisa sobre tolerância social à violência contra mulheres, realizada pelo Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), metade dos 3.810 entrevistados pelo instituto (50,1%) afirma que casais de pessoas do mesmo sexo devem ter os mesmos direitos de outros casais – contra 40% dos que veem a ampliação desses direitos como inaceitáveis.

Quando a afirmação é mais incisiva, no entanto, a questão muda de figura. Para a maioria da população (52%), o casamento de homem com homem ou de mulher com mulher deve ser proibido no Brasil. Para 60%, incomoda ver dois homens, ou duas mulheres, se beijando na boca em público (44,9% dizem concordar “totalmente” com a afirmação).

“É notável o avanço da aceitação do princípio da igualdade de direitos de casais heterossexuais e homossexuais”, aponta o estudo. No entanto, há uma tendência em se observar um nível mais alto de intolerância quando o teste recai sobre situações concretas, como a explicitação de uma relação entre gays em público.

Sobre esta questão, aponta a pesquisa, os jovens apresentam uma tolerância maior à homossexualidade. Os idosos mostram-se mais intolerantes. A intolerância também é maior entre religiosos. A maioria dos católicos, por exemplo, diz não aceitar a ideia de casamento entre pessoas do mesmo sexo. Já os evangélicos são mais intolerantes em relação à homossexualidade.

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