Sociedade
Políticos e artistas lamentam a morte de Zé Celso; confira as homenagens
O dramaturgo que fundou o Teatro Oficina morreu nesta quinta-feira 6, aos 86 anos
Morreu nesta quinta-feira 6, aos 86 anos, o diretor, ator e dramaturgo Zé Celso Martinez, após complicações provocadas por um incêndio que atingiu seu apartamento em São Paulo.
“Nossa fênix acaba de partir pra morada do sol, amor de muito, amor sempre”, anunciou o Teatro Oficina, nas redes sociais, ao confirmar a morte de seu fundador.
Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se despediu de “um dos maiores nomes da história do teatro brasileiro”.
O Brasil se despede hoje de um dos maiores nomes da história do teatro brasileiro, um dos seus mais criativos artistas. José Celso Martinez Correa, ou Zé Celso, como sempre foi chamado carinhosamente, foi por toda a sua vida um artista que buscou a inovação e a renovação do…
— Lula (@LulaOficial) July 6, 2023
Em seu perfil pessoal, o vice-presidente Geraldo Alckmin relembrou o legado do dramaturgo paulista.
José Celso Martinez escreveu uma rica história pessoal e para o Brasil. Irreverente, provocativo e dono de uma enorme capacidade inventiva, Zé Celso tornou o Teatro Oficina um patrimônio da cultura brasileira e um celeiro de talentos para nossos palcos. pic.twitter.com/GASU9dwvmL
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) July 6, 2023
Margareth Menezes, que comando o Ministério da Cultura, também fez uma longa publicação sobre o dramaturgo. O texto de homenagem foi compartilhado nas redes sociais da cantora:
Mais do que artista, foi um árduo defensor da democracia: usou o teatro para exaltar a liberdade e afrontar os arbítrios da ditadura militar. Com a sua partida, a cultura brasileira perde parte grande de seu brilho e irreverência. Zé Celso, presente!
— Margareth Menezes (@MagaAfroPop) July 6, 2023
Pelas redes sociais, a ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara também lamentou a morte.
Dia triste para a Cultura brasileira.
Morreu Zé Celso, um grande artista que revolucionou o teatro brasileiro. Sempre criativo, irreverente e com postura crítica, inspirou palco e plateia por onde se apresentasse. Viva Zé Celso! Viva o @oficinauzynauzona ! pic.twitter.com/z6zqMwmTfK— Sonia Guajajara (@GuajajaraSonia) July 6, 2023
O ministro Fernando Haddad prestou solidariedade aos familiares.
Com a morte de Zé Celso Martinez Corrêa morre também uma parte do sentimento de ousadia e coragem do teatro brasileiro. Meus sentimentos aos familiares.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) July 6, 2023
Alexandre Padilha também lamentou a perda.
Hoje o Brasil lamenta profundamente a perda de um dos seus mais brilhantes talentos. Zé Celso, cujo legado está eternizado no Teatro Oficina, foi um verdadeiro tesouro cultural de São Paulo, deixando sua marca nas gerações por meio de suas peças revolucionárias. pic.twitter.com/fyXHD7Rosv
— Alexandre Padilha (@padilhando) July 6, 2023
A ala artística também prestou suas homenagens ao diretor. O cantor Gilberto Gil relembrou o legado deixado pelo amigo.
Zé Celso marcou a história do Brasil e seu legado será eterno! Nossos sentimentos a familiares, amigos e admiradores. #EquipeGil pic.twitter.com/2nVF9AZwEU
— Gilberto Gil (@gilbertogil) July 6, 2023
O cineasta Kleber Mendonça Filho falou sobre os impactos do dramaturgo na arte brasileira.
Eu não sou do Teatro, mas meus filmes foram todos impactados de alguma forma por Zé Celso, com a energia de atrizes e atores, da arte e pitacos amigos de roteiro, um senso de direção e visão sobre o Brasil. Esse é o significado de um real impacto na Cultura. Obrigado Zé Celso.
— Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) July 6, 2023
O ator José de Abreu disse que “o teatro chora” a perda do colega.
Morreu Ze Celso. RIP. O teatro chora.
— Jose de Abreu (@zehdeabreu) July 6, 2023
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.