Sociedade
Polícia prende suspeitos de matar advogado Luis Fernando Pacheco em SP
O corpo do jurista foi velado nesta sexta-feira 3; o caso é investigado como latrocínio


A Polícia prendeu, nesta sexta-feira 3, o casal suspeito pela morte do advogado Luis Fernando Pacheco, em Higienópolis, na zona central de São Paulo. Um terceiro homem também foi detido por suspeita de envolvimento no crime. O caso é investigado como latrocínio pelo 4° DP (Consolação).
Imagens de câmeras de segurança da rua em que o advogado foi encontrado caído, no bairro de Higienópolis, mostram o momento em que Pacheco deixa uma lanchonete, a caminho de casa. Poucos metros do estabelecimento, ele é atacado por uma dupla de criminosos, um homem e uma mulher, em uma tentativa de roubo.
Na sequência, o advogado entra em um embate corporal com o criminoso, que tenta retirar objetos de seu bolso. Teriam sido levados a carteira, o celular e o relógio de Pacheco. Durante a ação, o advogado recebe uma cotovelada, um soco e um golpe de judô. Pacheco cai ao chão, e já não se movimenta mais. O advogado também teria batido a cabeça com força, durante a queda.
Dupla de criminosos cercou e agrediu o advogado, em uma tentativa de roubo. Créditos: Reprodução
A agressão, que resultou na morte do advogado, aconteceu na esquina da rua Itambé com a rua Maranhão, nas proximidades da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
O caso ainda não está completamente fechado, mas as suspeitas de latrocínio agora são perseguidas pela Polícia, que segue investigando o caso pelo 4° DP (Consolação).
Segundo boletim de ocorrência, policiais relataram terem encontrado o advogado já caído ao solo, sendo atendido pelo Samu. Um popular narrou à equipe que viu o advogado passando mal, convulsionando e com dificuldades de respirar, momento em que acionou a PM e o serviço de atendimento móvel de urgência.
O advogado chegou a ser socorrido e encaminhado ao Pronto Socorro da Santa Casa, mas não resistiu e morreu por volta da 1h40 da quinta-feira 2, segundo o BO. Pacheco estava sem documentos, e sua identificação só foi feita no dia seguinte, depois de exame papiloscópico realizado pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt.
O corpo do advogado foi velado nesta sexta-feira 3 na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), no Centro de São Paulo. A cerimônia foi acompanhada por amigos, familiares e autoridades, caso do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, a ministra do Superior Tribunal de Justiça, Daniela Teixeira, o ex-deputado federal José Genoíno, além de deputados estaduais e federais.
O presidente Lula (PT) enviou uma coroa de flores à cerimônia, em conjunto com a primeira-dama Janja, destacando que o jurista sempre atuou pautado pela ética e profissionalismo.
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