Polícia prende suspeito de atropelar e arrastar mulher na Zona Norte de São Paulo

A Polícia prendeu, no domingo 30, o suspeito de atropelar e arrastar uma mulher por mais de um km na Zona Norte de São Paulo.

Douglas Alves da Silva, de 26 anos, que fugiu após o crime, foi preso em um hotel na Vila Prudente, na Zona Leste. Antes de ser detido, o homem chegou a trocar tiros com os policiais, sendo atingido no braço. Ele recebeu atendimento e foi encaminhado ao 13° DP (Casa Verde).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o caso foi registrado como captura de procurado, resistência e lesão corporal.

Como foi o crime?

O crime aconteceu por volta das 6h de sábado. A vítima, Taynara Souza Santos, tinha deixado um bar no Parque Novo Mundo, Zona Norte de São Paulo. Imagens de câmera de segurança mostram a mulher ao lado do suspeito, em uma possível discussão. Minutos depois, o carro conduzido pelo homem avança contra a mulher.

Relatos de testemunhas afirmam que, ao atropelar a mulher, o condutor ainda teria puxado o freio de mão do veículo para aumentar o atrito dos pneus contra a vítima. Depois, o carro segue, com a mulher presa sob o veículo. Taynara foi arrastada por mais de um quilômetro pela Marginal Tietê. O atropelamento, segundo a Polícia Civil e depoimentos de testemunhas, teria sido intencional.

Taynara Souza Santos foi atropelada e arrastada por mais de um quilômetro. Foto: Reprodução

O estado de saúde da vítima

Taynara foi socorrida e encaminhada para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, na Vila Maria. Devido à gravidade das leões, sobretudo nos membros inferiores, Taynara teve de amputar as duas pernas. CartaCapital procurou a secretaria municipal de saúde para atualizar o estado de saúde da vítima, mas foi informada de que os boletins não serão divulgados. Taynara, de 31 anos, é mãe de um menino de 12 anos e uma menina de 7, e trabalhava como autônoma.

Quais as motivações para o crime?

Há uma suspeita de que o crime tenha ocorrido por ciúmes, depois que Douglas chegou ao bar em que Taynara estava e a viu conversando com um homem. A mãe da vítima disse que Taynara não chegou a ter um relacionamento sério com o agressor. A polícia ainda apura qual era a natureza exata da relação entre eles. O caso é tratado pelos investigadores como tentativa de feminicídio motivada por extrema crueldade.