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Polícia prende dono de imóvel usado por suspeitos de assassinar ex-delegado Ruy Ferraz

Segundo as investigações, um dos fuzis usados na execução esteve armazenado na casa; três pessoas ainda seguem foragidas

Polícia prende dono de imóvel usado por suspeitos de assassinar ex-delegado Ruy Ferraz
Polícia prende dono de imóvel usado por suspeitos de assassinar ex-delegado Ruy Ferraz
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. Foto: Polícia Civil/Divulgação
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A Polícia Civil de São Paulo prendeu o quarto suspeito de envolvimento na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz: um homem de 36 anos proprietário de uma casa que, segundo as investigações, foi usada pelos suspeitos antes da execução. Ele é a quarta pessoa presa por suspeita de envolvimento no caso, e três ainda estão foragidas.

A ordem de prisão contra o dono do imóvel foi expedida pela Justiça no sábado 20, depois que foi identificada a presença de material genético dele na casa, que é usada para aluguel de temporada. Ele se entregou a uma delegacia da capital paulista na madrugada de domingo 21 e, segundo seu advogado, está colaborando com a Justiça.

De acordo com polícia, uma mulher, que também está presa, esteve na residência para buscar um fuzil que foi usado pelos executores de Ruy Ferraz. Outros dois homens também já foram localizados, e há três ordens de prisão ainda não cumpridas.

A morte de Ruy Ferraz completa uma semana nesta segunda-feira 22. No último dia 15, ele foi alvo de emboscada quando deixava o local de trabalho – ele era secretário de Administração do município de Praia Grande.

Ferraz ainda tentou fugir, mas o carro dele colidiu com um ônibus e tombou. Três homens armados desceram do carro que o perseguia e dispararam. O ex-delegado morreu no local.

Ferraz foi um dos primeiros delegados a investigar a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), ainda no fim da década de 1990 e início dos anos 2000. Reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo, mostra que ele estava na mira do crime organizado, mesmo após ter deixado a Polícia Civil. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, porém, não descarta outras linhas de investigação sobre a execução.

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