Sociedade

Polícia militar mata 17 pessoas em Manaus e alega confronto com traficantes

‘A polícia não mata, intervém tecnicamente’, disse o secretário de segurança pública sobre a ação

Secretário da Segurança Pública do Amazonas, coronel Louismar Bonates. (FOTO: DCS/PMAM)
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Dezessete pessoas foram mortas por policiais militares na madrugada desta quarta-feira 30 em Manaus. Segundo a PM, todos eram integrantes de uma facção criminosa e estavam se preparando para enfrentar um grupo rival. O comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Ayrton Norte, considerou a operação como “bem-sucedida”. Nenhum policial ficou ferido.

“Até o momento, a informação que temos é de que eles [traficantes] tentavam entrar na área com um caminhão-baú com aproximadamente 50 homens. A Rocam [Rondas Ostensivas Cândido Mariano] recebeu telefonema e mensagens anônimas [informando sobre a movimentação dos criminosos] e, com o subsídio de informações obtidas com populares das adjacências, surpreendemos os bandidos na área, onde já tínhamos um trabalho de inteligência sendo feito”, disse o comandante-geral.

Segundo ele, uma primeira troca de tiros foi feita na chegada da Força Tática ao local. Pouco depois, viaturas da Rocam chegaram para dar apoio especializado. O confronto terminou pouco antes das 3h da madrugada.

Em nota, a PM-AM declarou que os suspeitos “foram socorridos pelos policiais militares e conduzidos ao Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto para receberem atendimento médico, mas não resistiram aos ferimentos e morreram.”

O secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas, coronel Louismar Bonates, afirmou em coletiva que o caso teria sido o “maior confronto do Amazonas” e que “a polícia não mata, intervém tecnicamente”.

Não há marcas de tiro nas viaturas policiais, mas, para o coronel, a marca de tiros nas casas próximas à ação demonstram que houve um confronto, de fato. “Se eles vierem trocar tiros com a polícia, infelizmente as suas famílias é que vão chorar pelo ente perdido”, disse o coronel.

Louismar ainda contestou a versão de que os suspeitos estariam em um caminhão em direção a um conflito. “Nós temos essa informação, mas o caminhão não foi localizado.”

*Com Agência Brasil

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