Sociedade
Polícia investiga tiroteio durante bloco de Carnaval no Rio
Segundo a PM, a confusão teria ocorrido entre um suspeito de integrar a milícia na região e outro policial; uma criança de 9 anos morreu após ser baleada


A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte de duas pessoas durante um tiroteio no “Bloco das Piranhas”, em Magé, na Baixada Fluminense, na noite de domingo 19. Cerca de 19 pessoas ficaram feridas, entre elas duas crianças, duas gestantes e um adolescente de 15 anos.
Nas imagens que circularam nas redes sociais, é possível ver pessoas correndo e se jogando no chão. As gravações ainda mostram pessoas ensanguentadas na calçada. O caso está sob investigação na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.
De acordo com a Polícia Militar, a confusão teria se iniciado com a briga entre Flávio Serafim da Silva Junior, suspeito de integrar uma milícia da região, e o policial civil Rodolfo Paulo de Brito Santos, que estava no local a trabalho. Segundo testemunhas, a briga se deu em meio a divergências sobre o uso de um banheiro.
Ambos foram atingidos pelos disparos e foram encaminhados a hospitais da região. “Ele foi baleado no tórax e deu entrada no Hospital de Saracuruna. O segundo envolvido foi ferido na perna. Uma arma foi apreendida na ação”, informou a PM em nota.
Do total de feridos, 16 pessoas deram entrada no Hospital de Sacarununa, em Duque de Caxias, cidade vizinha a Magé, com perfurações por arma de fogo, segundo a prefeitura. Um homem de 27 anos foi baleado na cabeça, perna e tórax, e segue intubado em estado grave.
As vítimas fatais do episódio foram identificadas como Gabriela Carvalho de Alvarenga e Maria Eduarda Carvalho Martins, de 35 e 9 anos, respectivamente.
Em nota, a prefeitura de Magé determinou a suspensão do apoio à programação de Carnaval na cidade e declarou que está prestando apoio às famílias das vítimas.
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