Sociedade

Polícia do Rio faz ação na Rocinha para cumprir 34 mandados de prisão

Homem é morto na operação, diz advogado da vítima

Polícia do Rio faz ação na Rocinha para cumprir 34 mandados de prisão
Polícia do Rio faz ação na Rocinha para cumprir 34 mandados de prisão
Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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Policiais militares fazem, nesta terça-feira (17), uma operação na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. É para cumprir 34 mandados de prisão. Entre os alvos há criminosos foragidos de estados como o Ceará e Goiás, de acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que também participa dos trabalhos.

Segundo o governo do Rio, mais de 400 policiais militares participam da ação, entre eles, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Ação com Cães e do Grupamento Aeromóvel (GAM). Os agentes também cumprem nove mandados de busca e apreensão.

Durante a operação, um homem – identificado como Vitor dos Santos Lima – foi morto, segundo o advogado Alberico Montenegro.

Montenegro defendeu Vitor em um processo sobre associação para o tráfico, iniciado em 2017. Ele contou que seu cliente foi morto nesta terça-feira, sem oferecer qualquer resistência à abordagem policial, conforme ele apurou com testemunhas no local.

Morte

“Ele não devia mais nada à Justiça. Pagou o que tinha que pagar à Justiça. Ele queria voltar a estudar e trabalhar. Nesta semana, ele me pediu informação para tirar [a carteira] de identidade e estava com carta de emprego. Sua vida foi ceifada por policiais num ato covarde”, protestou Montenegro.

O advogado também enviou à reportagem vídeos que teriam sido gravados durante a operação policial desta terça-feira. Neles, alguns policiais aparentemente não estavam usando câmeras corporais.

Questionada sobre a morte de Vitor e o uso de câmeras corporais, a porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Claudia Moraes, informou que ainda não tem informações sobre essas denúncias e que, assim que recebê-las, poderá repassar à Agência Brasil.

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