Saúde
Polícia Científica confirma presença de metanol em bebidas apreendidas em São Paulo
A perícia indica que, nos casos analisados, a substância teria sido adicionada nas garrafas e não seria resultado do processo de destilação natural


A Polícia Científica de São Paulo confirmou ter encontrado metanol em ao menos dois grupos de bebidas apreendidas durante ações de vigilância no estado.
A partir da análise das concentrações do produto, a polícia aponta que o metanol encontrado não é resultado de um processo de destilação natural. Ainda não é possível, no entanto, dizer se a adição do produto se deu de forma intencional ou acidental.
A corporação não detalhou, apesar da confirmação, quanto de metanol foi encontrado nos lotes de bebidas, e nem em quais estabelecimentos comerciais as amostras com metanol foram encontradas.
O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo destacou, em nota, que “trabalha 24h nas perícias de constatação e concentração das amostras apresentadas pela Polícia Civil, assim como na análise documentoscópica de rótulos e lacres dos recipientes”.
Segundo o governo de São Paulo, 16 mil garrafas foram apreendidas desde o dia 29 de setembro, durante 6 mil ações de combate à falsificação e à adulteração de bebidas.
Casos suspeitos e mortes confirmadas
São Paulo concentra 176 casos suspeitos de intoxicação por metanol, sendo 18 confirmados e 158 em investigação.
Três óbitos no estado por ingestão de metanol em bebidas alcoólicas foram confirmados. Duas dessas mortes ocorreram na capital. A terceira morte foi registrada em São Bernardo do Campo.
Outros sete óbitos no estado estão em investigação e ocorreram na cidade de São Paulo (4), em São Bernardo do Campo (2) e em Cajuru (1).
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