Sociedade

PNAD Contínua: SP é o único Estado a registrar queda no desemprego

Nacionalmente, a taxa de ocupação aumentou, mas os números continuam sendo puxados pela informalidade

Foto: Agência Brasil emprego trabalho comércio desemprego (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
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O Estado de São Paulo foi o único a apresentar queda no nível de desemprego, segundo dados do PNAD Contínua Trimestral divulgados nesta terça-feira 19 pelo IBGE. A taxa de desocupação caiu para 12% no terceiro trimestre de 2019, após registrar 12,8% no segundo trimestre.

O índice cresceu em Rondônia e atingiu 8,2%, uma alta de 1,5 ponto percentual. Os demais estados mantiveram-se estáveis. Os maiores níveis de desemprego foram observados na Bahia (16,8%), no Amapá (16,7%), e em Pernambuco (15,8%) e as menores em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%).

Nacionalmente, a taxa de ocupação aumentou para 54,8%, com altas nas regiões Norte (53% para 53,3%), Nordeste (46,7% para 46,8%), Sudeste (57,3% para 57,6%) e Centro Oeste (60,1% para 60,2%), caindo ligeiramente no Sul (59,4% para 59,2%). O Rio de Janeiro foi o único estado do Sudeste com taxa de ocupação abaixo da média nacional.

Houve um aumento de 459 mil pessoas ocupadas – o que leva a um total 93,8 milhões dessa população, um recorde na série histórica que teve início em 2012. No entanto, os números ainda são puxados pela informalidade, como também atesta a pesquisa.

Houve aumento de 2,9% no emprego sem carteira no setor privado, que registrou 11,8 milhões de empregados, e de 1,2% de trabalhadores por conta própria, que totalizavam 24,4 milhões de pessoas.

A taxa de informalidade da população ocupada inclui empregados sem carteira assinada no setor privado, trabalhador doméstico sem carteira assinada, empregador sem CNPJ, trabalhador por conta própria sem CNPJ e trabalhador auxiliar familiar. Os índices têm destaque nos estados do Norte (57,9%), no Nordeste (53,9%), Centro-Oeste (35,9%), no Sudeste (35,9%) e no Sul (32,2%).

O número de pessoas que desistiram de procurar trabalho, os desalentados, chegou a 4,7 milhões no terceiro trimestre, ante 4,9 milhões no trimestre anterior, uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Os maiores índices foram verificados na Bahia, 781 mil pessoas, e Maranhão, 592 mil pessoas.

Desemprego é maior entre pretos e pardos

Segundo a pesquisa, no terceiro trimestre, 65,2% dos desocupados eram pretos ou pardos. Os brancos representam 34% dessa distribuição, e pessoas de cor preta respondiam por 12,7%. A taxa de desocupação de brancos (9,2%) é abaixo da média nacional, enquanto a de pardos é 13,65% e a de pretos 14,9%.

A desocupação também é maior (39%) entre as mulheres do que entre os homens. A diferença, no entanto, já foi de 64,5% no primeiro trimestre de 2012. A menor diferença foi registrada no quarto trimestre de 2017 (27,6%). A taxa de desocupação das mulheres das regiões Norte (15,1%) e Nordeste (16,7%) apresentaram as estimativas mais elevadas e a do Sul (9,8%), a mais baixa.

No terceiro trimestre de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho foi de 24%, grupo que reúne os desocupados, os subocupados com menos de 40 horas semanais e uma parcela de pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego por motivos diversos. Maranhão (41,6%) e Piauí (41,1%) apresentam estimativas acima de 40%. Por outro lado, os estados onde foram observadas as menores taxas foram Santa Catarina (10,6%), Mato Grosso (14,7%) e Rio Grande do Sul (16,3%).

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